Bolsonaro é levado às pressas a hospital em Brasília após passar mal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado às pressas para um hospital de Brasília na tarde desta terça-feira (16), sob escolta da Polícia Penal. De acordo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, ele apresentou crise de soluço, vômito e queda de pressão arterial. A nova internação acontece apenas dois dias após Bolsonaro ter passado por um procedimento no Hospital DF Star para remover lesões de pele. Na ocasião, a equipe médica informou que exames laboratoriais identificaram um quadro de anemia por deficiência de ferro e resquícios de uma pneumonia recente. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, medida determinada no âmbito de inquérito que investiga a atuação de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e envolvimento em um plano para contestar o resultado da eleição presidencial de 2022. O hospital ainda não divulgou boletim atualizado sobre o estado de saúde de Bolsonaro.
Motorista que matou motociclista em Mossoró a mais de 100 km/h é denunciado pelo MP

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou Lucas Vinícius do Vale Lopes, de 23 anos, por homicídio simples na forma de dolo eventual pelo acidente que resultou na morte do motociclista José Martins Veras Neto, de 59 anos, em março deste ano, em Mossoró. O caso tramita na 1ª Vara Criminal da cidade. Segundo a denúncia, Lucas conduzia um carro em velocidade entre 103 km/h e 120 km/h na Avenida Abel Coelho, no bairro Abolição III, onde o limite permitido é de 60 km/h. Ele colidiu contra a traseira da motocicleta da vítima, que foi arremessada e morreu ainda no local. Imagens de câmeras de segurança anexadas ao inquérito registraram a colisão. Perícias apontaram que os danos nos veículos e as lesões de José Martins são compatíveis com impacto de alta energia. Testemunhas relataram que o acusado havia consumido bebidas alcoólicas na noite anterior, em um restaurante da cidade. Policiais militares que atenderam a ocorrência afirmaram que ele apresentava sinais visíveis de embriaguez, como olhos vermelhos, hálito etílico e sonolência. Um dos agentes declarou que o motorista “parecia um zumbi”. O promotor Ítalo Moreira Martins, autor da denúncia, afirmou que o acusado assumiu o risco de provocar a morte ao dirigir em alta velocidade e sob efeito de álcool. O advogado da família da vítima, Marcos Freitas, reforçou que a acusação se baseia no dolo eventual, quando o motorista não deseja o resultado, mas aceita a possibilidade de que ele aconteça. “Caso o juiz aceite a denúncia, o processo criminal será instaurado, e ao final poderá ser levado ao Tribunal do Júri”, explicou o advogado. O caso O acidente aconteceu em 22 de março deste ano. José Martins Veras Neto seguia de moto em direção a supermercados para arrecadar alimentos em favor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde atuava como voluntário. Após a colisão, o carro arrastou a motocicleta por mais de 20 metros, segundo laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). José Martins morreu antes da chegada do socorro médico. O motorista foi preso em flagrante no dia do acidente, inicialmente autuado por homicídio culposo, mas liberado após pagamento de fiança.
Motta marca reunião para discutir anistia de condenados pelos atos de 8 de janeiro

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou para esta quarta-feira (17) uma reunião do colégio de líderes para discutir a votação da urgência do projeto de lei que prevê anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado. Caso a urgência seja aprovada, a proposta poderá ser votada diretamente no Plenário da Casa. Ainda não foi definido relator nem apresentado o texto oficial do projeto. O tema voltou ao centro do debate após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na trama golpista. A oposição, liderada pelo PL, afirma que o julgamento representa “perseguição política” e defende uma anistia ampla para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília. O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), declarou que a medida tem como objetivo “pacificar” o país. Segundo ele, “a anistia não ignora os erros. Ela os reconhece e, ainda assim, opta por reconciliar. Ela abre a porta para o perdão, a estabilidade institucional e a pacificação nacional”. Por outro lado, partidos da base governista consideram que a proposta seria inconstitucional. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que “golpe contra a democracia não se perdoa: quem planejou deve responder perante a Constituição e a Justiça”. No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) já se manifestou contrário a uma anistia ampla e sugeriu que se busque um texto alternativo. O líder do União Brasil na Câmara, deputado Pedro Lucas Fernandes (MA), defendeu a anistia, mas com restrições: segundo ele, não deveria ser concedida a quem planejou assassinatos de autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A denúncia apresentada pelo STF aponta que Bolsonaro pressionou os comandantes das Forças Armadas a aderirem a um decreto que suspendia o resultado das eleições de 2022 e os poderes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de permanecer no cargo. Caso seja aprovada pelo Congresso, a proposta deverá enfrentar o veto do presidente Lula, que já se manifestou contra a anistia. Mesmo assim, o veto pode ser derrubado pelo Legislativo. Se judicializada, caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir sobre a constitucionalidade de uma eventual anistia a crimes contra a democracia.
Ex-governadora Rosalba é condenada por corrupção na construção da Arena das Dunas

A ex-governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, foi condenada pela Justiça Federal por participação em um esquema de propina na construção da Arena das Dunas, em Natal, obra realizada para a Copa do Mundo de 2014. A decisão também atingiu o marido da ex-governadora, Carlos Rosado, além do ex-secretário Demétrio Torres, do sindicalista Luciano Silva e da construtora Coesa (antiga OAS). Segundo a ação do Ministério Público Federal (MPF), os réus enriqueceram ilicitamente por meio de pagamentos de propina com recursos do BNDES, repassados a empresas subcontratadas para serviços fictícios ou superfaturados. O objetivo era assegurar o contrato da parceria público-privada da Arena e evitar greves de trabalhadores, em acordo com representantes do sindicato da construção civil. As investigações tiveram início com a Operação Mão na Bola, deflagrada em 2019 pelo MPF e Polícia Federal. Provas documentais, depoimentos de executivos da OAS, como Léo Pinheiro, e do doleiro Alberto Youssef embasaram a condenação. As condenações Rosalba Ciarlini e Carlos Rosado foram condenados à devolução dos valores recebidos de forma ilícita, além de multa no mesmo montante, perda de eventual função pública, suspensão dos direitos políticos e proibição de contratar com o poder público por 14 anos. O ex-secretário Demétrio Torres e o sindicalista Luciano Silva também foram condenados, mas inicialmente sem perda de função pública. Já a construtora Coesa foi condenada ao pagamento de multa e proibida de contratar com o poder público pelo mesmo período. A decisão judicial determinou a devolução de R$ 123,3 mil por Rosalba, R$ 406,7 mil por Carlos Rosado e R$ 88,1 mil por Luciano Silva, além de multas civis de igual valor. Para Demétrio Torres e a Coesa, as multas fixadas foram de R$ 530 mil e R$ 618,2 mil, respectivamente. Recurso do MPF O Ministério Público Federal recorreu da decisão na última sexta-feira (12), pedindo o aumento dos valores de multa e ressarcimento. Segundo o procurador da República Higor Pessoa, as investigações da Receita Federal identificaram evolução patrimonial incompatível com as rendas declaradas pelos réus, incluindo pagamentos de dívidas em espécie e despesas acima dos valores em contas bancárias. Com isso, o MPF solicita que os valores a serem devolvidos subam para R$ 655,4 mil (Rosalba), R$ 465,7 mil (Carlos), R$ 166,8 mil (Luciano), R$ 1,1 milhão (Demétrio) e R$ 1,28 milhão (Coesa). O recurso também pede que Luciano Silva e Demétrio Torres recebam a pena de perda de função pública, com possibilidade de cassação de aposentadoria. De acordo com o procurador, a exclusão da medida “transmite uma mensagem de impunidade, especialmente quando a infração foi facilitada em razão da ocupação do cargo público”.
Diocese de Santa Luzia passa a colaborar na gestão do Colégio Sagrado Coração de Maria

A Diocese de Santa Luzia de Mossoró anunciou que passará a atuar na gestão do Colégio Sagrado Coração de Maria (CSCM), em parceria com as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. O Pe. Charles Lamartine e o Pe. Flávio Augusto representam a Diocese nessa colaboração. Fundado em 1912, o CSCM tem mais de 100 anos de história e é reconhecido pela excelência na educação. A parceria visa fortalecer a identidade cristã e humanista da instituição, garantindo a continuidade do trabalho das Irmãs e promovendo formação integral aos estudantes. Segundo a Diocese, o objetivo é manter um ambiente escolar pautado no respeito, solidariedade e busca pelo conhecimento, reforçando o compromisso com a comunidade e a sociedade mossoroense.
Terceirizados de hospitais do Estado em Mossoró paralisam atividades por salários atrasados

Terceirizados da empresa JMT, que prestam serviços em hospitais do Estado em Mossoró, realizaram, na manhã desta terça-feira (16), um protesto em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). As informações são do Blog Saulo Vale. A categoria reivindica o pagamento do salário referente ao mês de agosto e denuncia atraso de quatro meses no vale-alimentação. O ato marca o início da paralisação dos funcionários da JMT que atuam, além do HRTM, no Hospital Rafael Fernandes e no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia. “Havia uma promessa da Secretaria de Saúde para que o salário chegasse às nossas contas até ontem. Como não foi cumprida, resolvemos iniciar a paralisação”, afirmou o líder sindical Adjackson Carvalho. Segundo ele, atividades como maqueiro, copa, cozinha, higienista e lavanderia estão totalmente paralisadas. “Só vamos retornar ao trabalho quando a situação for resolvida”, acrescentou.
Prefeito inaugura creche no Cidade Oeste e amplia vagas na educação infantil

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, entregou na manhã desta terça-feira (16) a nova Unidade de Educação Infantil (UEI) no bairro Cidade Oeste. O equipamento faz parte do programa Mossoró Cidade Educação e representa mais um passo na expansão da rede de ensino infantil do município. A creche tem capacidade para atender 114 crianças, em salas climatizadas e com estrutura adequada para o desenvolvimento pedagógico. Além do espaço físico, os alunos já matriculados recebem uniforme completo, incluindo tênis, mochila e material escolar, além da garantia de duas refeições diárias. “É mais uma creche entregue para a população, tão importante para que a criança desde cedo esteja inserida no processo educacional. Mossoró tinha um déficit muito grande em vagas de creche, problema que também existe em outras cidades do país. Mas este ano conseguimos ampliar substancialmente a quantidade de vagas, chegando a diversas regiões e garantindo acesso à educação infantil”, afirmou o prefeito Allyson durante a inauguração. O gestor destacou que, até então, o conjunto de habitacionais do Cidade Oeste não contava com nenhum equipamento educacional. “Esse ‘não tinha’ fica no passado, porque agora tem. Essa creche vai atender as crianças da região, que antes não tinham oportunidade e agora passam a ter acesso à educação infantil de qualidade”, reforçou. A ampliação das vagas em creches tem sido uma das prioridades da atual gestão. Somente em 2025, segundo Allyson, já foram entregues novas unidades em bairros como Vingt Rosado, Odete Rosado, Nova Mossoró e Nova Vida.
Inimigo histórico do PCC, ex-delegado-geral é assassinado em emboscada no litoral paulista

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, foi assassinado a tiros no início da noite desta segunda-feira (15), na Praia Grande, litoral paulista. Fontes, considerado um dos principais inimigos do Primeiro Comando da Capital (PCC), atuava como secretário de Administração da Prefeitura do município e comandou a Polícia Civil entre 2019 e 2022, no governo de João Doria (PSDB). De acordo com informações da Polícia Militar, o carro em que o ex-delegado estava foi perseguido por criminosos e acabou colidindo com um ônibus na avenida da praia, no bairro Vila Mirim. Imagens recebidas pela PM mostram três homens encapuzados descendo de outro veículo e disparando diversos tiros de fuzil contra Fontes. Carreira e legado Com 40 anos de trajetória na corporação, Ruy Fontes foi um dos pioneiros nas investigações sobre o PCC, ganhando notoriedade especialmente em 2006, quando o estado enfrentou uma série de ataques da facção contra forças de segurança. Ele também foi diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), professor de investigação na Academia da Polícia Civil de São Paulo e docente de Criminologia e Direito Processual Penal na Universidade Anhanguera. Repercussão O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, lamentou a morte do ex-delegado.“Determinei integração de força-tarefa, com prioridade definida pelo governador Tarcísio, para prender os criminosos. O procurador-geral de Justiça ofereceu o apoio do GAECO [Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas]”, publicou em seu perfil no X (antigo Twitter). Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que a cena do crime foi preservada para perícia, que o veículo utilizado pelos criminosos foi localizado e que equipes estão em campo realizando diligências com o apoio de ferramentas de inteligência. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mossoró Notícias (@portalmossoronoticias)
Pesquisa mostra Allyson Bezerra como favorito para governador em 2026

A pesquisa da Rádio 96 FM/AgoraSei, divulgada nesta segunda-feira (15), aponta o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), na frente das intenções de voto para governador do Rio Grande do Norte nas eleições de 2026. Segundo os números, Allyson lidera com 30,6% das intenções no cenário estimulado. Nos demais cenários analisados, o prefeito aparece à frente de todos os possíveis concorrentes. Em um deles, alcança 39,3%; em outro, chega a 38,2%, superando nomes como Rogério Marinho (PL), Cadu Xavier (PSD), Álvaro Dias (Republicanos) e Styvenson Valentim (Podemos). Após a divulgação dos resultados, Allyson comemorou o desempenho nas redes sociais. “Esse resultado é fruto do trabalho transformador que fazemos em Mossoró, lado a lado com nossas equipes e, acima de tudo, com o nosso povo. Reconhecimento que enche o coração de gratidão e responsabilidade”, escreveu o prefeito. O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 11 de setembro de 2025, com 2.000 entrevistados. A pesquisa possui margem de erro de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.
Moraes pede explicações sobre escolta que levou Bolsonaro ao hospital

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente, em até 24 horas, um relatório detalhado sobre a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada neste domingo (14) em Brasília. O magistrado quer explicações sobre o motivo de não ter ocorrido o “transporte imediato” de Bolsonaro para casa, onde cumpre prisão domiciliar, após a liberação médica. Na decisão, Moraes ordena que sejam informados os veículos usados no deslocamento, os agentes que acompanharam o ex-presidente no hospital e os motivos para a permanência no local após a alta. Bolsonaro foi levado ao Hospital DF Star para exames laboratoriais, tomografia e um procedimento de retirada de lesões na pele. O deslocamento foi autorizado pelo ministro, com a condição de que a escolta retornasse imediatamente ao domicílio após o atendimento médico. Após a cirurgia, sem intercorrências, o ex-presidente permaneceu no hospital enquanto seu médico concedia entrevista coletiva à imprensa. Nesse período, Bolsonaro foi aplaudido por apoiadores que aguardavam do lado de fora. Prisão domiciliar Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar determinada por Alexandre de Moraes. Ele também está proibido de receber visitas sem autorização judicial e é monitorado por tornozeleira eletrônica. As medidas cautelares foram decretadas após o ministro entender que Bolsonaro utilizou as redes sociais de seus filhos para burlar a proibição de comunicação em plataformas digitais. Ele é investigado, junto ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em um inquérito que apura articulações com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pressionar o governo brasileiro e ministros do Supremo com retaliações internacionais. Na semana passada, Bolsonaro e outros sete réus foram condenados pela Primeira Turma do STF, por 4 votos a 1, no julgamento da ação penal da chamada “trama golpista”. As penas aplicadas variam de 16 a 27 anos de prisão, em regime fechado.