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Alunos de medicina antecipam formatura no RN para entrar no Mais Médicos

Por: Redação

A abertura de vagas para o programa federal Mais Médicos,
após o fim do convênio entre Brasil e Cuba, fez estudantes de Medicina da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) apressarem o processo de
colação de grau. A solenidade extraordinária foi realizada nesta sexta-feira
(23) e foi presidida pela vice-reitora Fátima Raquel Rosado Morais.

O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou que não iria
manter o programa com pagamento ao governo cubano, que fica com 70% do salário
dos médicos do país. Com a mudança, Cuba anunciou a saída do programa. O
Governo Federal lançou um edital para o preenchimento das vagas, o que gerou
uma corrida pelas inscrições.

Com a presença de familiares, parentes e amigos dos
graduandos, a solenidade marcou o fechamento de um ciclo para Caionara Angélica
da Silva, Tiago Diniz Gurgel, Thaísa Állya Almeida e Sousa e João Paulo de
Freitas. O momento também marca o início de uma nova etapa, uma vez que os
concluintes foram aprovados em um concurso público na cidade de Santana do
Matos.

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Mais do que as formalidades da cerimônia, o que se
presenciou na Sala dos Conselhos, da Reitoria da UERN, foi o ápice de quatro
histórias de determinação, superação e conquistas, de estudantes oriundos de
escola pública.

Durante a solenidade, Caionara Angélica da Silva dedicou o
diploma à sua mãe Teresinha Angélica da Silva. “Foi ela quem me inspirou a
fazer Medicina”, declarou a graduanda. Desde que perdeu o pai, aos seis anos,
Caionara Angélica tem na mãe o seu espelho de força, dedicação e de amor ao
próximo.

Agricultora, Teresinha Angélica da Silva criou sozinha três
filhos com o trabalho na terra, na cidade de Baraúna. “Já moramos na zona rural
de Baixa Verde, na localidade Jucuri e hoje moro em Baraúna. Caionara Angélica
veio para Mossoró por causa da faculdade. Sempre tive fé em Deus que veria
minha filha formada em Medicina. Para mim, é um orgulho vê-la formada hoje”,
declara.

Caionara Angélica já se prepara para o novo caminho a
trilhar. “Quero trabalhar antes de fazer residência e me identifico com a
atenção básica. Por isso, desejo voltar ao interior, inscrevendo-me no programa
Mais Médicos”, declara. Com a atitude, ela pretende ganhar experiência e ajudar
a quem mais precisa.

Caionara Angélica da Silva dedicou o diploma à sua mãe (Foto: Wilson Moreno)

A graduanda Thaísa Állya Almeida, natural de Antônio
Martins, também teve inspiração da família, tanto na escolha do curso, quanto
na escolha da Universidade. Seus pais são egressos da UERN. E os seus irmãos,
um é formado e outro é universitário. “Somos a família UERN”, brinca. “Sou
formada em Pedagogia e História, meu esposo é formado em Matemática. Temos um
filho formado em Direito e outro cursando Ciência da Computação. Agora, temos
Thaísa formada em Medicina. É uma alegria muito grande”, declara Francineide
Mesquita, mãe da graduanda.

A avó de Thaísa, a agricultora Maria de Lurdes, acompanhou
com emoção toda a solenidade. “Estou me segurando para não chorar”, diz ao
comentar das gerações de sua família que tiveram e terão suas vidas
transformadas por meio da UERN. “Se não fosse a UERN, acho que não teria uma
filha e netos formados, pois não teríamos condições de pagar uma faculdade
particular”, declara.

O papel transformador da UERN também é enaltecido pelo
graduando João Paulo de Freitas. Natural de Governador Dix-sept Rosado, ele
destaca que a Universidade oportunizou a realização de um sonho. Sua mãe
Francisca de Assis, que é vendedora no referido município, externa a satisfação
de ver o filho formado. “Se não fosse a UERN, esse momento não seria possível”,
declara.


João Paulo destaca que a UERN oportunizou a realização de um sonho (Foto: Wilson Moreno)

Tiago Diniz Gurgel, natural de Caraúbas, compartilha do
sentimento de ter realizado um sonho com a formatura em Medicina. “A UERN
oportunizou a concretização deste desejo. Se não fosse a Universidade, seria
bem mais difícil esse momento acontecer”.

Para a Profª. Esp. Cristianny Cardoso de
Souza, chefe do departamento do curso de Medicina, este é um momento de
bastante satisfação. “Todos os graduandos foram aprovados em um concurso e
preparam-se para atuar em um programa de extrema importância para o País. É uma
alegria imensa vê-los iniciar esta nova caminhada”, diz.

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A vice-reitora Fátima Raquel enfatizou a emoção da
solenidade. “Toda colação é um momento de esperança e felicidade. É uma porta
que se abre. Passa um filme na nossa cabeça do que a UERN representa para nós.
A UERN é a nossa universidade, ela oportuniza a todos o acesso ao ensino
superior público, gratuito e de qualidade”, frisa.

Os quatro novos médicos, todos vindos do interior, oriundos
de escola pública e aprovados no concurso de Santana do Matos, também compartilham
em suas histórias do desejo de voltar para o interior para colocar seus
conhecimentos e seus trabalhos à disposição de quem mais precisa.

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