Um laudo da Polícia Civil do Rio Grande do Sul apontou que
os cortes feitos em forma de suástica no corpo de uma jovem de 19 anos foram
resultado de automutilação ou uma intervenção consentida por ela.
De acordo com o delegado Paulo César Caldas Jardim,
responsável pelas investigações do caso, que veio à tona há duas semanas, em
Porto Alegre, disse que não há cortes na pele, apenas arranhões na epiderme –
parte mais superficial.
Paulo César Jardim disse que a jovem faz tratamento
psiquiátrico e toma diversos remédios. “É uma fragilidade emocional”,
acrescentou. O procedimento será encaminhando hoje para a Justiça e a
pena por falsa comunicação de crime pode variar entre 6 meses a 1 ano de
detenção.
A suposta vítima relatou ter sido agredida no
início da noite do último dia 8, quando descia do ônibus. Jardim, que está no
comando do caso desde o ocorrido, informou que, segundo depoimento da jovem, na
data, três agressores riscaram o símbolo em sua barriga com um canivete e a
agrediram com socos.
Durante a ocorrência, ela vestia uma camiseta com críticas
ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) que tem como slogan “Ele não”. “O
fato aconteceu numa segunda-feira e ela registrou o depoimento
na terça-feira, porque uma amiga queria colocar a imagem no Facebook e
precisava registrar o boletim policial para esquentar o fato”, afirmou o delegado.
Segundo Jardim, a jovem chegou acompanhada por mais de dois
advogados e não queria depor ou fazer uma representação criminal. “Continuei a
diligência para ver se havia outros tipos penais, e fizemos uma serie de
investigações”, disse.
O laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) do estado
aponta lesões superficiais, contínuas, uniformes e sem profundidade. De acordo
com a perícia, a jovem não apresentou reações sequer involuntárias esperadas
como estímulos naturais a uma agressão.
*Com informações da Agência Brasil