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Nunca mais esqueça uma senha

Nunca mais esqueça uma senha

Bons tempos aqueles em que nossas senhas tinham apenas quatro dígitos, para não as esquecer usávamos nossa data de aniversário como base para todas elas, ou, então, 1234, 12345 e por aí vai. O tempo passou; com a digitalização de grande parte dos serviços, o aumento na quantidade de informações guardadas, e, crescimento no número de tentativas de fraude, os sites passaram a exigir que nossas senhas sejam cada vez mais caprichadas, ou “fortes”.  Os critérios mais comuns exigidos pelos sites são: • mínimo de oito dígitos • Pelo menos uma letra maiúscula • Pelo menos um número • Pelo menos um caractere especial. Atender os critérios e ainda ter que lembrar de todas as senhas está se tornando uma tarefa difícil. Há alguns anos me vi diante de não conseguir entrar em um serviço de nuvem. Foram várias tentativas e nada de acertar a minha própria senha. Foi então que decidi criar uma forma de nunca mais esquecer uma senha, seja qual for o site ou app. Esta forma, nada mais é do que criar um padrão. Com esse padrão, não importando qual site, app, loja virtual, seja lá o que for, nunca mais errei uma senha. Existem apps que gerenciam senhas (como o 1passowrd) e a facilidade da biometria dos novos smartphones que facilitam o acesso aos serviços, mas quero que você aprenda a criar uma senha forte, segura e que independa do telefone. Então vamos lá o padrão é o seguinte:  Três primeiras letras do site + Ano que você recorda + Caractere especial O primeiro passo é escolher uma data, mais especificamente um ano, não pode ser o ano do seu nascimento, alguns sites poderão bloquear. Escolha um ano que faça sentido para você: ano do seu casamento, início de namoro, o nascimento de seu filho(a), do cachorro, gato, papagaio etc.  Para este exemplo vou usar o ano de casamento de meus pais, 1975. Pronto, esse é o primeiro passo. O segundo passo é escolher um caractere especial. Os caracteres especiais podem ser: ! @ # $ % ^& * ( ) , . ; : (isso não é um xingamento ok?) No caso, vamos utilizar a arroba “@“, sem as aspas. Para atender os critérios da maioria dos sites, precisamos agora de letras. Utilizaremos as três primeiras letras do site/app, com uma observação importante, a primeira letra deve ser maiúscula, para atender o critério de letra maiúscula.  Vamos ver com exemplos: Americanas.com = Ame1975@ Mercado Liver         = Mer1975@ Twitter                 = Twi1975@ Uber         = Ube1975@ Eu uso um padrão (claro que não é o do exemplo) e nunca mais esqueci uma senha. Este é apenas um formato, você pode montar outros padrões da maneira que desejar, alternado letras e datas, iniciando com o caractere especial. O importante é que monte o seu e não conte para ninguém, afinal, quando dois sabem, já não é mais segredo. Nunca use “entrar com Facebook ou Google” Existem facilidades como o TouchID ou FaceID de alguns aparelhos e alguns softwares que controlam as senhas no smartphone, mas se você perder o acesso ao aparelho, como faz? O melhor é saber a senha. Outra dica: apesar de facilitar o cadastro para acesso a alguns apps, não vincule esse cadastro com o Facebook ou Google, pois, caso estes fiquem fora do ar, você também perderá acesso ao serviço. Mude aos poucos, cada vez que entrar em um site, faça a alteração da senha, você não vai ser arrepender. ——— Carlos Augusto é entusiasta de tecnologia desde que ganhou seu primeiro videogame em 1985, o Odyssey da Philips. Tem alguma sugestão para esta coluna? Fale comigo: [email protected] Acompanhe-me nas redes sociais: instagram.com/professorcarlosaugusto youtube.com/conexaotiegestao

Ditadura na Venezuela: uma questão de ideologia

Ditadura na Venezuela: uma questão de ideologia

Ideologia, eu quero uma pra viver. A frase do poeta Cazuza abre hoje a nossa coluna para mostrar o quanto se contradizem extremistas de direita e esquerda. O tema é democracia x ditadura. Brasil No Brasil estamos caminhando para um governo militar democraticamente eleito pelo povo, em 2018, com a vitória do candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, o qual hoje impõe seu conservadorismo nas ações do governo. Os defensores do governo também defendem o golpe militar de 1964, que resultou numa ditadura de 24 anos.   Venezuela Os mesmos que defendem o golpe de 1964 são contra a ditadura militar na Venezuela, que vem prosperando a décadas. Primeiro com Hugo Chaves. Depois com Nicolás Maduro. O chavismo levou a Venezuela para uma crise econômica e política profunda.  Contradição  Pouco importa para os militantes da extrema-direita se é ditadura ou não. O que importa é que esteja um conservador no poder. A ditadura vira só argumento pra sua defesa.  Esquerda  Como irmã siamesa da extrema-direita, a esquerda faz a mesma coisa, só que do outro lado da moeda. Condena a ditadura militar brasileira e combate o governo militar democrático de Bolsonaro, enquanto defende a ditadura de Maduro. Ideologia É tudo uma questão de ideologia, como cantava o mestre Cazuza. Cada lado com a sua, posicionando-se não pelo que acha certo ou errado, mas seguindo o que reza a cartilha do seu grupo político.  No “muro de Berlim”  Nesse Brasil polarizado entre direita e esquerda, Lula e Bolsonaro, PSL x PT, existem milhares de pessoas que estão no centro, em cima do muro. Nem concordam com um lado nem com o outro. Tomam suas posições pelo que acreditam ser certo. Tratados como “insentões” ou taxados por um lado como se fosse do outro.  E você?  É a favor ou contra a ditadura que houve no Brasil? A favor ou contra a que ocorre na Venezuela? Ou não possui opinião formada? Manda seu comentário para [email protected] que poderemos publicar. 

Como a Venezuela se tornou uma ditadura (1992-2019)

Como a Venezuela se tornou uma ditadura (1992-2019)

Quando se pensa na formação de uma ditadura, usualmente imaginam-se casos em que a tomada do poder é realizada à força por militares. Durante a Guerra Fria, a maior parte dos colapsos institucionais se dava por golpes de Estado. Entre os exemplos latino-americanos, consta o Brasil, a Argentina, a Guatemala, o Peru, a República Dominicana e o Uruguai. Entretanto, o processo de corrompimento das instituições — responsável por criar instabilidades institucionais e recessos democráticos — é passível de ocorrer por intermédio de líderes eleitos democraticamente e que subvertem o próprio processo que os conduziram ao poder. Aziz Huq e Tom Ginsburg denominam esse processo de “regressão constitucional”. Pode-se dizer que este é o caso venezuelano. A Venezuela era a democracia mais duradoura da América do Sul, vigorando desde 1958. Isso começou a mudar quando a economia do país, altamente dependente do petróleo, afundou-se em uma recessão ao longo de uma década devido à crise do combustível e a população viu sua taxa de pobreza quase dobrar. A instabilidade econômica gerou instabilidade política e, em 1992, um grupo de militares de baixa patente liderados por Hugo Chávez se rebelou contra o presidente Carlos Andrés Pérez. O golpe fracassou, mas a figura do militar passou a ser admirada por muitos venezuelanos, a ponto do ex-presidente Rafael Caldera lhe prestar solidariedade pública a fim de capitalizar-se politicamente — em vez de denunciar os líderes de um movimento extremista e golpista. Eleito presidente pela segunda vez, cumpriu a promessa de campanha de anistiar Chávez, que seria julgado por traição. Acreditava-se que a popularidade do militar seria uma moda passageira. Não era. O então outsider político se notabilizou ainda mais politicamente ao continuar a atacar o establishment venezuelano, composto, segundo ele, por “uma elite governante corrupta e com base em uma democracia falha”. Prometia acabar com injustiças sociais a partir da distribuição das riquezas oriundas do petróleo. Chávez ascendeu ao poder em 1998 com 56% dos votos, representando enorme esperança popular e prometendo uma revolução. Aproveitando-se da popularidade de início de mandato, convocou em 1999 uma Assembleia Constituinte para criar uma nova constituição para o país, com seus aliados políticos ocupando 92% dos 131 assentos. Dessa forma, o chavismo escreveu a Carta Magna a seu bel-prazer, sendo a nova constituição aprovada pela maioria (71%) dos apenas 44% de eleitores venezuelanos que compareceram às urnas. Novas eleições foram convocadas em 2000, sendo novamente vencidas pelo militar — desta vez com 59% dos votos. A oposição, no entanto, intensificou suas críticas ao chavismo e criou-se um clima de radicalização no país, resultando em uma tentativa de golpe militar em 2002 que o tirou temporariamente do poder. De volta ao Palácio de Miraflores, o chamado “comandante supremo” deu uma guinada autoritária. A partir daí, os gastos públicos ficaram cada vez mais descontrolados, sendo ferramenta de políticas populistas para a eternização no poder do regime. Utilizando-se da alta popularidade, conseguiu postergar um referendo liderado pela oposição e que tinha a possibilidade de tirá-lo de seu cargo. Esse adiamento foi decisivo, já que em 2004 houve uma forte alta nos preços do petróleo. O boom econômico auxiliou na sustentação de sua posição, mantida graças a 59% dos votos em seu favor no denominado “Referendo revogatório contra Chávez”. Na oportunidade, 7 em cada 10 eleitores venezuelanos participaram do pleito. Com clima revanchista, o governo tornou públicas as assinaturas para a realização do referendo e criou uma lista negra. Assim, foram incentivados ataques a rivais políticos, além da demissão de funcionários públicos e da exclusão de empresários opositores de licitações governamentais. Em 2003, sob o pretexto de combater a escalada inflacionária, Chávez instituiu uma política de controle cambial por intermédio de uma estatal, controlando a venda de dólares. Tornou-se possível importar algo de forma legal tão somente a partir da autorização governamental para a compra da divisa americana. E, para piorar, como o foco das exportações era a produção petrolífera, o governo não se preocupou com o desenvolvimento agrícola e industrial do país, fazendo com que a maior parte dos alimentos consumidos pela população venezuelana tivessem de ser importados. A nacionalização de indústrias, como as de cimento e aço, bem como a expropriação de centenas de empresas e propriedades rurais, também contribuíram para que o setor privado fosse levado a substituir a produção própria por importações mais baratas e subsidiadas pelo governo. A consequente hiperinflação, a dependência das importações e diversas outras barreiras de entrada impostas ao mercado local levaram à escassez de insumos. Em última análise, a ação de Chávez agravou a questão do desabastecimento no país. Além disso, o autocrata alterou a composição da Suprema Corte e expandiu o Tribunal Supremo de Justiça para 22 membros, preenchendo as novas cadeiras com “juristas revolucionários”. Ao capturar os árbitros, desequilibrou completamente o sistema de freios e contrapesos, tornando o Judiciário submisso ao Executivo. Entre 2004 e 2013, em mais de 45 mil decisões judiciais, nem sequer uma única sentença foi contrária ao governo. Em 2004, o poderio chavista foi endossado com o apoio popular, e nas eleições regionais o governo venceu em 20 das 22 províncias. Mediante aos ataques às liberdades civis e direitos individuais, em 2005 a oposição decidiu boicotar as eleições e todos os 167 assentos do parlamento foram dominados pelo governo. Apesar disso, nas eleições de 2006, marcadas pela reeleição de Chávez com mais de 60% dos votos, e a derrota governista no referendo com proposta de reforma constitucional em 2007, mantiveram um aparente verniz democrático e de legalidade no país. A partir de 2006, todavia, o regime tornou-se mais repressivo. O governo iniciou os ataques a veículos de comunicação críticos ao governo. O proprietário da Globovisión, Guillermo Zuloaga, foi acusado de irregularidades financeiras e obrigado a fugir do país para não ser preso. Sob intensa pressão, vendeu o veículo para um simpatizante do governo. Algumas das mídias, acuadas, praticaram a autocensura. A Venevisión, anteriormente considerada como pró-oposição, mal cobriu a oposição durante a eleição de 2006, dando ao presidente Chávez 84% do tempo de cobertura — quase

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