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Bianca de Styvensson é condenada por estelionato e retira candidatura a prefeitura

Divulgação

Na mesma semana em que teve o nome oficializado para disputar a Prefeitura de Mossoró, Bianca Negreiros, a Bianca de Styvenson como já era chamada em seu material de propaganda, com o aval do Senador Styvensson Valentim que emprestou seu nome à candidata, foi do céu ao inferno . Foi apontada pelo presidente estadual do Podemos, senador Styvenson Valentin, que a apresentou como capacitada, íntegra e ética para assumir a Prefeitura de Mossoró. Em entrevista à rádio Difusora em tom raivoso, com testa franzida e dedo em riste, Styvenson mandava o eleitor pesquisar o nome dos candidatos a prefeito de Mossoró no Google, o mesmo ele não havia feito, ou feito de forma que não percebeu a condenação em 2001 da sua Bianca de Styvensson . Poucos dias depois, e o senador a expôs nas redes sociais, externando algo que ele deveria ter visto antes de definir que Bianca representaria o seu nome e seu partido nas eleições deste ano em Mossoró. Na mesma entrevista, o famigerado Senador chegou a dizer que era , segundo ele, “imbecil” quem criticava o seu partido, o Podemos do ex-tucano Álvaro Dias. O fato é que Bianca Negreiros foi condenada em processo tramitado em julgado na Justiça Federal, no qual se apreciou a conduta antiética que ela teve em agir por estelionato contra a Receita Federal. É que Bianca, segundo o processo de número 0001564-98.2013.4.05.8401, ela forjou declarações do Imposto de Renda, inserindo beneficiários inexistentes para ter direito fraudulentamente à restituição do imposto. Pelo crime cometido, ela foi condenada em última e decisiva instância a dois anos, dois meses e 20 dias de reclusão, pena revertida prestação de serviço social ao Abrigo Amantin Câmara. Esse fator mostra que o senador Styvenson se mostra meio perdido ainda nas questões políticas e evidencia que suas decisões são sem planejamento, o que é impensável. Há 5 dias atrás ele tinha chegado em Mossoró com uma palmatória, um porrete de madeira escrito “peia na corrupção” e entregava à Bianca que já havia sido condenada pelo crime já citado. Ambos posaram para as fotos com sorriso no rosto. Sim, se ele resolve, de uma hora para outra, indicar e apoiar uma pessoa para a disputa majoritária sem mal saber quem é aquela pessoa, implica dizer que o senador do Podemos age apenas por impulso, por mídia e não sabe atrair bons quadros ao seu partido, o que é altamente perigoso em um sistema democrático, no qual uma eleição é o seu ápice. Não é de se estranhar se, mais adiante, o senador Styvenson vir a público, especificamente em Mossoró, e afirmar que agiu eticamente, tentar inverter o episódio de forma midiática como tem se mostrado um especialista. O episódio também mostra como é arriscado em pleno ano de 2020 acreditar naqueles que se dizem salvadores da pátria, Bianca de Styvenson e o próprio Styvenson fizeram isto mais uma vez. O episódio faz lembrar Collor, o caçador de marajás, lembra ainda no plano municipal as frustrações em Natal com Micarla de Souza e em Mossoró, com o ex-prefeito Silveira Júnior, que dizia ser uma quebra de paradigmas na política local.

Na oposição é cada um no seu quadrado

Foto: Reprodução

Ainda há muito a acontecer no processo eleitoral que está apenas começando. É fato. Mas é possível vislumbrar algum cenário, a depender dos nomes que estão postos no tabuleiro político. O esfacelamento da oposição, ocorrido nas definições sobre quem seriam os candidatos ao Executivo, mostra perfeitamente o quadro de Mossoró: a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) inicia a campanha fortalecida com a aliança com o grupo do empresário Jorge do Rosário (PL) e enfrentará três candidatos que vão disputar, entre si, a atenção do eleitor pensando mais na projeção política pessoal pensando em aumentar seus capitais políticos para 2022. Isto é um fato. Política não é coisa para quem pensa apenas em si. Precisa de decisão, pulso forte e, também, renúncia pessoal em torno de projetos, ideias . A oposição até ensaiou união em fotografias ou em declarações da boca para fora. Mas não passou de um ensaio. Encontros em calçadas foram realizados, fotos tiradas e postadas nas redes sociais. Afagos externados e, ao final, cada um seguiu para o seu lado. Interesses e projetos que colidiram frontalmente uns com os outros. E, diante disso, fica a certeza de que o tão falado projeto coletivo, por parte da oposição, jamais existiu. Até que se tentou passar para o eleitor essa ideia. Mas, utilizando-se o olhar racional sobre tudo o que foi dito, a conclusão que se chega é que todos tentaram enganar todos. E cada um esteve mais preocupado com si próprio Vamos aos fatos: a deputada estadual Isolda Dantas (PT), deputado estadual Allyson Bezerra (Solidariedade) e a ex-prefeita Cláudia Regina (Democratas), principais nomes da oposição, poderiam ter sequenciado o plano inicial, que era fortalecer o grupo para apresentar um nome realmente competitivo. Mas a chapa só tem lugar para duas pessoas. Um sobraria. Talvez, na sobra ou pensando sobre quem iria para a composição majoritária e presente na chapa, tenham surgido as divergências e o resultado todos já sabem: foi cada um pro seu quadrado. Do ponto de vista do projeto de poder pessoal, faz sentido. É verdade que uma eleição é vitrine para outra. E pode ser que esse fator tenha sido preponderante para que a oposição se desconjuntasse. E essa constatação é simples: a deputada Isolda Dantas sabe perfeitamente que precisa capitalizar seu eleitorado e fortalecê-lo. Não se diz aqui que ela seria um nome fraco. Mas o que se ouve (aqui, ali e acolá) é que ela estaria indo com “muita sede ao pote”. Foi eleita vereadora em 2016 e não concluiu o mandato. Em 2018 se elegeu deputada estadual e agora tenta chegar a Prefeitura Municipal. Qual a garantia que o cidadão terá de que ela, se eleita, concluiria o mandato? Nenhuma. O deputado Allyson Bezerra, estreante na política, é ciente de que precisa demarcar algum território se quiser ter sobrevida (política) no futuro. E como uma eleição acaba sendo termômetro para outra, ele deve entender que se não for candidato agora o seu nome tende a ficar “esquecido” do eleitor para 2022. É fato. Já a ex-prefeita Cláudia Regina, que foi cassada em 2013, passou quase oito anos longe dos holofotes da política, enquanto candidata. Ela sabe que agora é a vez de reconstruir o que se perdeu a partir da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso não fosse candidata, ficaria apenas à margem de quem fosse representar a oposição na disputa eleitoral deste ano. Então, como se vê, os representantes da oposição, cada um com sua particularidade, têm interesses distintos nesta eleição. E, como foi dito acima, o pressuposto de um projeto coletivo caiu por terra quando os aspectos individuais se evidenciaram.

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