Balanço do Ministério da Saúde divulgado hoje (7) atualiza
em 353 o número de casos confirmados de febre amarela e em 98 os óbitos
provocados pela doença entre 1º de julho de 2017 e 6 de fevereiro deste ano. No
mesmo período do ano passado, foram confirmados 509 casos e 159 óbitos.
De acordo com o boletim, foram notificados em todo o país
1.286 casos suspeitos de febre amarela, sendo que 510 foram descartados e 423
permanecem em investigação.
“Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a
sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o
período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada anoâ€,
informou a pasta.
Transmissão
Por meio de nota, o ministério reforçou que não há registro
confirmado de febre amarela urbana no país, mas destacou que o caso da doença
identificado em São Bernardo do Campo (SP) está sendo investigado por uma
equipe da secretaria Estadual de Saúde.
“Deve ser observado que o paciente mora na região urbana e
possivelmente trabalha na área rural. Qualquer afirmação antes da conclusão do
trabalho é precipitada. É importante informar que São Bernardo do Campo (SP) é
uma das 77 cidades dos três estados do país (São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia)
incluídas na campanha de fracionamento da vacina de febre amarela.â€
De acordo com o comunicado, a probabilidade da transmissão
urbana no Brasil é considerada baixíssima pelos seguintes motivos:
– todas as investigações dos casos conduzidas até o momento
indicam exposição a áreas de matas;
– em todos os locais onde ocorreram casos humanos também
ocorreram casos em macacos;
– todas as ações de vigilância entomológica, com capturas de
vetores urbanos e silvestres, não encontraram presença do vírus em mosquitos do
gênero Aedes aegypti;
– Há um programa nacionalmente estabelecido de controle
do Aedes em função de outras arboviroses (dengue, zika, chikungunya),
que consegue manter níveis de infestação abaixo daquilo que os estudos
consideram necessário para sustentar uma transmissão urbana de febre amarela.
“Além disso, há boas coberturas vacinais nas áreas de
recomendação de vacina e uma vigilância muito sensível para detectar
precocemente a circulação do vírus em novas áreas para adotar a vacinação
oportunamenteâ€, informou a pasta.
Fonte: Ministério da Saúde