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Temer vê dificuldade em aprovar reforma da Previdência depois de fevereiro

Por: Redação

O presidente Michel Temer disse que o governo não pode ficar
discutindo a reforma da Previdência ao longo de todo o ano e afirmou que o tema
precisa ser votado nas próximas semanas, independentemente do resultado. “Nós
estamos chegando à conclusão de que não há como deixar esse tema
permanentemente o ano todo”, disse. Para ele, ficará difícil continuar
trabalhando a pauta após esse período.

“Qual é a nossa tese?: isso tem que ser votado pelo menos em
primeiro turno até o final de fevereiro, começo de março. Se não for votado, aí
realmente nós reconhecemos que fica difícil”, completou, em entrevista à Rede
TV, ontem (5) à noite.

Ele reforçou que, a partir de junho, o Congresso deve se
voltar principalmente à questão eleitoral e lembrou que o governo precisa tocar
outras reformas. “E temos que ir para outras pautas. Agora, se não votar [a
Previdência], já fizemos [outras] reformas fundamentais para o país. E vamos
continuar com a chamada simplificação tributária”.

Temer mencionou a conta do governo, de que faltam cerca de
40 votos para chegar aos 308 necessários à aprovação da reforma. “São só 40
votos. Você sabe que essas coisas… no instante em que se pegue a onda de que
pode aprovar, de que é necessário, isso traz os votos com muita facilidade. Eu
conheço bem o Congresso, fui três vezes presidente da Câmara dos Deputados”.

Ele lembrou ainda que há cerca de 70 deputados considerados
indecisos, que podem ser convencidos a votar com o governo. A reforma da
Previdência está marcada para ir a plenário no dia 19 de fevereiro.

O presidente tem concedido entrevistas a programas de TV,
como os de Silvio Santos e Ratinho, para convencer a população de que a reforma
é importante para o país. Ele afirmou que a participação nesse tipo de programa
ajuda muito. “Porque o comunicador tem a fidelidade do seu público. E, na
medida em que ele dá um aval para aquilo que o governo está falando, tem grande
significação”. Segundo o presidente, um público convencido da reforma torna
mais fácil uma posição favorável dos deputados, menos pressionados.

CPI da Previdência

O presidente discordou do relatório da Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) da Previdência Social, apresentado em outubro. O relatório
diz que não há déficit na Previdência, e sim má gestão.

“Essa CPI é equivocada. Quem quiser, vá ao setor de
Previdência do Ministério da Fazenda e verifique os dados”. O presidente disse
que o déficit na Previdência chegou a R$ 268 bilhões no ano passado e que pode
chegar a R$ 320 bilhões no ano que vem.

Candidatura

Perguntado sobre uma eventual candidatura à Presidência da
República nas eleições deste ano, Temer afirmou que não pensa nisso. Prefiro
que [as pessoas do seu partido] não pensem nisso”.

Ele disse ainda acreditar que sua esposa, a primeira-dama
Marcela Temer, não gostaria que ele participasse de uma corrida eleitoral pela
presidência e revelou que seu desejo é ser lembrado por esta gestão. “Meu
desejo, e vou ser um pouco pretensioso, é fazer uma gestão histórica. De um
presidente que pôs o país nos trilhos. Isso é mais que suficiente”.


Agência Brasil/Foto: Alan Santos/PR.

 

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