A Maternidade Almeida Castro (Apamim) e o Hospital da Mulher, em Mossoró, enfrentam risco de colapso no atendimento obstétrico neste fim de semana. Os médicos contratados pelo Governo do Estado deixaram de comparecer às unidades após o Estado não cumprir o acordo firmado com o Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO). Com isso, apenas dois obstetras mantidos pela Prefeitura seguem atendendo, mas exclusivamente as gestantes do município. A assistência às pacientes de outras cidades está comprometida.
Em entrevista ao Blog do Ismael Sousa, o obstetra Dr. Manoel Nobre fez um alerta grave sobre a situação. “O cenário é de caos. Podemos ter mortes de crianças e mães devido à alta demanda e à falta de profissionais”, afirmou. Segundo ele, cerca de 70% das gestantes atendidas na Apamim são de municípios vizinhos, e a unidade chega a realizar até 30 partos por dia. Sem a equipe do Estado, a sobrecarga se tornou insustentável.
A crise começou após a Secretaria de Saúde do Estado (Sesap) não romper o contrato com a empresa Justiz, de Natal, que havia assumido os plantões no Hospital da Mulher, mas não mantém corpo clínico fixo em Mossoró. A Sesap havia prometido firmar novo contrato com o NGO até novembro, mas voltou atrás e informou que, se os médicos quisessem continuar, seria sem contrato formal e sem garantia de pagamento. Diante disso, o NGO suspendeu os plantões.






