O Brasil piorou em relação a outros países do mundo quando o assunto é a liberdade de imprensa. Ranking de 2019 da organização Repórteres Sem Fronteiras trouxe o país em 105º lugar entre 180 nações, três posições abaixo do levantamento anterior.
Entre as preocupações, a ONG argumenta que, “desde a campanha eleitoral, a imprensa se tornou alvo para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, tanto nas redes sociais quanto durante as coberturas”. Entre os demais países da América do Sul, apenas Bolívia (113), Colômbia (129) e Venezuela (148) têm condições piores de trabalho para jornalistas que o Brasil.
A entidade ressalta o clima mais hostil no mundo à prática jornalística neste ano. “A hostilidade contra os jornalistas, e até mesmo o ódio transmitido em muitos países por lideranças políticas, resultou em atos de violência mais graves e frequentes, que aumentam os riscos e, como resultado, geram um nível de medo inédito em determinados lugares”, argumenta a ONG.
“O número de países onde os jornalistas podem exercer com total segurança sua atividade profissional continua a diminuir, enquanto os regimes autoritários reforçam seu controle sobre os meios de comunicação”, afirma. Apenas 24% dos 180 países na pesquisa oferecem condições boas ou relativamente boas de trabalho aos profissionais da imprensa. No ranking de 2018, a parcela chegava a 26%.
(Com Estadão Conteúdo)