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Desemprego cresce no RN e mais 11 estados no primeiro trimestre, aponta IBGE

Por: Redação

A taxa de desemprego voltou a crescer no Rio Grande do Norte e em mais 11 estados brasileiros no primeiro trimestre de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso potiguar, o índice passou de 8,5% no último trimestre de 2024 para 9,8% nos três primeiros meses deste ano, evidenciando uma piora nas condições do mercado de trabalho local.

O maior aumento da taxa de desocupação foi observado no Piauí, que saltou de 7,5% para 10,2%, seguido por Amazonas (de 8,3% para 10,1%), Pará (de 7,2% para 8,7%) e Ceará (de 6,5% para 8%). Pernambuco, por sua vez, subiu de 10,2% para 11,6% e segue como o estado com maior taxa de desemprego do país.

Também registraram aumento na desocupação os estados de Minas Gerais (de 4,3% para 5,7%), Maranhão (de 6,9% para 8,1%), Rio de Janeiro (de 8,2% para 9,3%), Mato Grosso (de 2,5% para 3,5%), Paraná (de 3,3% para 4%) e Rio Grande do Sul (de 4,5% para 5,3%). Apesar dessas altas, 15 unidades da federação permaneceram com taxas estáveis.

Na outra ponta do ranking, Santa Catarina (3%) e Rondônia (3,1%) continuam com as menores taxas de desemprego do Brasil, ambas sem variações no período. Já em relação ao mesmo trimestre de 2024, seis estados apresentaram queda significativa na taxa: Bahia (de 14% para 10,9%), Espírito Santo (de 5,9% para 4%), São Paulo (de 7,4% para 5,2%), Rio de Janeiro (de 10,3% para 9,3%), Santa Catarina (de 3,8% para 3%) e Paraná (de 4,8% para 4%).

A média nacional de desemprego, divulgada em abril, ficou em 7%, sendo essa a menor taxa já registrada para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 2012. Apesar da leve melhora no cenário geral do país, a alta nos estados do Nordeste preocupa, uma vez que a região historicamente concentra algumas das piores taxas do país.

O levantamento do IBGE também apontou que o rendimento médio real mensal subiu em apenas três estados no comparativo com o trimestre anterior: Rio de Janeiro (6,8%), Santa Catarina (5,8%) e Pernambuco (4,7%). Nas demais unidades da federação, os valores ficaram estáveis. Em relação ao mesmo período do ano passado, sete estados apresentaram crescimento no rendimento, com destaque para Pernambuco (23,4%), Alagoas (13,4%) e Sergipe (13,2%).

A pesquisa ainda revela disparidades sociais marcantes. A taxa de desemprego entre os jovens de 14 a 17 anos é de 26,4%, enquanto entre aqueles de 18 a 24 anos, o índice é de 14,9%. Nas faixas etárias de 25 a 39 anos e de 40 a 59 anos, as taxas são de 6,5% e 4,7%, respectivamente. Acima dos 60 anos, a taxa cai para 3,1%.

No recorte por gênero, as mulheres enfrentam mais dificuldades no mercado de trabalho, com taxa de desocupação de 8,7%, contra 5,7% dos homens. A desigualdade também se expressa por raça: enquanto brancos registram uma taxa de 5,6%, pretos e pardos enfrentam índices de 8,4% e 8%, respectivamente.

A escolaridade também influencia fortemente os dados. Quem tem ensino superior completo apresenta a menor taxa de desemprego, com 3,9%. Já a maior taxa é registrada entre os que têm ensino médio incompleto, com 11,4%. Para os demais níveis de instrução, os índices variam: 6,8% para fundamental incompleto, 7,9% para fundamental completo, 8% para médio completo e 7,9% para superior incompleto.

O levantamento do IBGE mostra que, embora a média nacional tenha se mantido em patamar historicamente baixo, o avanço do desemprego em estados como o Rio Grande do Norte acende um alerta para a necessidade de políticas públicas eficazes e regionais que possam reverter o cenário e gerar oportunidades principalmente para os segmentos mais vulneráveis da população.

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