Diferente de alguns locais do Brasil, onde famílias inteiras
da espécie foram dizimadas, no Parque Municipal Maurício de Oliveira a
população interage e sabe a importância de preservar os animais silvestres. Os
saguis, macacos de menor porte existentes na natureza, estão em grande número
no local.
De acordo com a diretora do Parque Municipal, Raphaela
Araújo, em Mossoró, os visitantes do Parque têm convivido de forma pacífica com
os macacos. “Mesmo a cidade não sendo área de risco da Febre Amarela, há uma
preocupação por parte da população. Aqui no parque temos cerca de 70 saguis,
típicos da nossa região da caatinga, e os frequentadores do Parque têm tido
todo o respeito para com estes animaisâ€, disse.
Ela lembra ainda que, para quem acha que os saguis podem ser
transmissores da febre amarela, é preciso esclarecer. “Não há nenhum perigo.
Eles são tão vítimas do mosquito quanto os seres humanosâ€, continuou a diretora
do Parque.
O Parque Municipal Maurício de Oliveira tem 7,8 hectares, é
considerado uma área urbana verde com mais de 10 espécies de animais
silvestres, além de plantas como algarobas, carnaúbas, entre outras. O local é
frequentado diariamente para atividades de lazer, prática de atividade física,
sendo também utilizado para aulas sobre meio ambiente. São aproximadamente 3
mil pessoas por semana.
O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
do Rio Grande do Norte (Idema) soltou uma nota em que orienta a população para
que não alimente os saguis em suas áreas de conservação. Além disso, o órgão
reforçou que não há razão de agredir os macacos, e que essa agressão é crime
ambiental previsto na Lei Federal nº 9.605/98.
Recomendações do
Idema
– Não alimente saguis. Ao alimentar esses animais, as
pessoas podem transmitir doenças, e muitas vezes uma doença comum em pessoas
pode ser fatal para o animal;
– É importante também não deixar alimentos em locais de
fácil acesso, esses animais são espertos e invadem imóveis atrás de comida;
– Não tentar pegar o animal, pois mesmo se estiver doente e
frágil, se ele se sentir acuado poderá reagir e morder para se defender.
– As epizootias ocorrem, e para isso, os casos devem ser
comunicados para que o processo seja acompanhado adequadamente.
Foto: Reprodução