Policiais civis do Rio Grande do Norte, que estão em greve desde segunda-feira (7), ocuparam a Governadoria no fim da manhã desta sexta-feira (11) em protesto. Segurando cruzes e um caixão, para simbolizar o que eles chamam de “fim da carreira”, os agentes fazem uma manifestação diante da ameaça de retirada do adicional por tempo de serviço (ADTS), gratificação que é questionada na Justiça pelo Ministério Público. As informações são da 98 FM.
A categoria decidiu ocupar o Centro Administrativo para cobrar uma reunião com a governadora Fátima Bezerra (PT). Os policiais civis exigem um encontro com a chefe do Executivo após tentativas frustradas de negociação com o vice-governador Antenor Roberto (PCdoB) e com os secretários Raimundo Alves (Gabinete Civil) e Pedro Lopes Neto (Controladoria-Geral).
Durante o ato, um oficial de Justiça notificou a presidente do Sindicato dos Policiais Civil (Sinpol), Edilza Faustino, sobre a decisão do desembargador Ibanez Monteiro, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que determinou aos agentes que voltem imediatamente ao trabalho. Apesar da intimação, a presidente disse que a greve continua.
O desembargador estabeleceu multa de R$ 150 mil em caso de descumprimento.
Antes de receber a notificação, Edilza Faustino se trancou em um banheiro da Governadoria e só saiu após ser convencida por vereadores de Natal. O oficial de Justiça ficou aguardando na porta até ela sair.
O Governo do Estado ainda não respondeu se a governadora vai receber os policiais.
Segundo a presidente do Sinpol, os vereadores pediram que os policiais desocupassem a Governadoria, mas Edilza Faustino disse que os agentes só sairão quando Fátima Bezerra se comprometer a recebê-los. “A gente pede que a governadora sente e que ela dê sua palavra, que ela determine essa negociação e a solução da situação que a gente vive hoje”, destaca a presidente.