Janaria Oliveira Silva, de 20 anos, morreu na manhã da última quarta-feira (25), enquanto aguardava transferência para um leito de UTI no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.
De acordo com o Jornal de Fato, Janaria morava no sítio Chafariz, zona rural de Mossoró, e já contava com uma decisão da Justiça para ser transferida para um leito de UTI. A decisão foi concedida a jovem na noite da terça-feira, mas não foi cumprida de forma imediata. Assim, a jovem acabou falecendo em um leito comum.
O diretor do HRTM, Jarbas Marinho, disse que não se pode afirmar que a jovem tenha morrido por falta de UTI, mas confirmou que não havia disponibilidade de leito para transferência da paciente.
Jarbas informou que Janaria deu entrada no hospital já em estado grave, com quadro de pancreatite e anemia grave. “Fazia quatro dias que ela estava com dor abdominal”, relatou.
Apesar de todo esse quadro de saúde e de contar com a decisão judicial, a jovem não recebeu o atendimento adequado para situação.
E ela não foi a primeira nem a última paciente a sofrer com a falta de leito de UTI. Esse tipo de problema é recorrente no HRTM e toda rede de saúde pública de Mossoró.
Jarbas Mariano declarou que tem fila de pacientes que precisam de leito de UTI, mas não há disponibilidade.
“O número é insuficiente para a grande demanda. Tem apenas nove leitos para atender 64 cidades”, argumentou.
O diretor explicou ainda que, mesmo com a decisão judicial em mãos, o paciente tem que aguardar. “A decisão dá prazo de 24 horas para que se consiga o leito e que se obedeça a ordem de prioridade”, esclareceu.
