Covid-19

Maioria dos indígenas venezuelanos recusou vacina da Covid-19 em Mossoró


Maioria dos indígenas venezuelanos recusou vacina da Covid-19 em Mossoró

Foto: Allan Phablo/PMM

Dos 21 indígenas venezuelanos da etnia Warao aptos à vacinação neste primeiro momento, apenas quatro aceitaram tomar a primeira dose da vacina contra Covid-19 em Mossoró. Segundo a Prefeitura de Mossoró, os indígenas estão sendo motivados pelas equipes.


O trabalho de imunização ocorreu beneficiando os indígenas maiores de 18 anos. Trata-se do cumprimento do que prevê a norma técnica emitida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) sob supervisão da Funai.


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“O trabalho é de convencimento, pois muitos deles não aceitam a vacina. Vamos aos poucos fazer com que todos eles tomem conhecimento da importância da imunização”, afirma Eliane Anselmo, representante do Comitê Estadual Intersetorial de Atenção aos Refugiados Apátridas e Migrantes, criado pelo Governo do Estado em 2019 e que acompanha a situação dos refugiados venezuelanos.


A secretária do Desenvolvimento Social e Juventude, Janaína Holanda complementa a questão levantada por Eliane Anselmo: “A gente tem toda uma questão cultural envolvida, mas aí aos poucos conversando, mostrando a necessidade e a importância da vacinação o nosso grupo de trabalho está conseguindo uma abertura maior e os indígenas estão começando a aceitar a vacinação”, explica Janaína.


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Após abandonar a Venezuela fugindo da crise econômica e política daquele país, o povo Warao encontra-se hoje dividido entre aqueles que vivem em Mossoró e outros que moram em outras cidades do Brasil. A divisão vai além: entre o grupo que aceita e o que rejeita a vacinação contra a Covid-19.


Librando José Rattio de 23 anos é líder dos Warao em Mossoró e foi vacinado: “Estamos muito agradecidos pela vacina porque a gente precisava da vacina para a nossa saúde”, disse.

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