O Ministério da Educação anunciou, na noite desta
segunda-feira (12), que vai anular a questão de matemática do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) de 2018 que já havia aparecido no vestibular da
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Segundo o ministério, a repetição da questão será
investigada e pode “culminar em instauração de processos administrativo, cível
e/ou criminal”.
A prova de matemática do Enem foi aplicada no domingo (11),
com 45 questões de múltipla escolha, junto com a prova de ciências da natureza.
Durante uma reunião para avaliar o exame nesta segunda-feira, um professor
identificou que uma das questões tinha enunciado quase idêntico e alternativas
iguais às de outra questão que já foi usada
A questão havia aparecido no vestibular 2014 da UFPR, que
foi aplicado no ano de 2013.
Confira a nota do
MEC:
“Após constatar
que uma questão da prova de Matemática e suas Tecnologias do Enem 2018 havia
sido aplicada em vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o
Ministério da Educação (MEC) instaurou sindicância para apurar
responsabilidades. O item da prova foi formulado por um professor que compõe o
Banco de Elaboradores de Itens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, em decorrência do descumprimento dos
requisitos de ineditismo e sigilo, a questão está anulada.
Segue a lista com o
número da questão anulada em cada caderno de prova do Enem 2018:
Caderno Amarelo – 150;
Caderno Cinza – 170;
Caderno Azul – 163;
Caderno Rosa – 180;
Caderno Laranja – 150;
Caderno Verde – 150.
A questão foi
elaborada em 2012 para o Inep, por um professor que, à época, estava vinculado
à UFPR. No entanto, posteriormente, em 2013, foi utilizada no vestibular da
própria Universidade, para ingresso em 2014, o que não deveria ter ocorrido.
O Ministro da
Educação, Rossieli Soares, contatou o Reitor da UFPR, Ricardo Fonseca, que
colocou a Instituição à disposição para colaborar com a apuração. A
Universidade havia celebrado um Acordo de Cooperação Técnica com o Inep para
integrar o processo de elaboração e revisão de itens do Banco Nacional de Itens
(BNI).
A Comissão de
Sindicância do MEC irá apurar o ocorrido, que pode culminar em instauração de
processos administrativo, cível e/ou criminal. O Inep investe todos os anos em
mecanismos de detecção de conteúdos plagiados e, com o ocorrido, irá reforçar
procedimentos que garantam os requisitos de ineditismo e originalidade dos
itens que compõem o BNI.”