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Menina de 10 anos internada à espera de um coração cria campanha para promover a doação de órgãos

Por: Redação

“Quando eu chegar na minha casa, vou fazer natação. Eu vou correr, vou pular… fazer as coisas que eu nunca pude fazer.” Este é o desejo de Lavínia Machado Cruvinel, de 10 anos, que está há mais de 50 dias internada em um hospital de São Paulo aguardando por um transplante de coração. As informações são do G1.

Vivendo na pele a espera por um órgão, a menina resolveu ir para a internet e fazer uma campanha sobre a importância da doação. O objetivo é reduzir a fila de espera de mais de 55 mil pessoas que aguardam por um transplante no Brasil, salvando vidas.

Lavínia é de Medeiros, no interior de Minas Gerais. Com apenas seis meses de vida, a menina foi diagnosticada com miocardiopatia hipertrófica. A doença é rara e provoca um aumento no músculo cardíaco, dificultando o fluxo sanguíneo.

A mãe de Lavínia, Michelle Machado Cruvinel, conta que a filha precisou fazer uma cirurgia aos 3 anos de idade para colocar um marcapasso. Entretanto, a preocupação da família aumentou quando a menina passou a ter desmaios mesmo sem ter se esforçado.

“Ela se sentia mal mais quando fazia algum esforço ou quando estava muito calor. Ela desmaiava. Mas, no ano passado, em abril, ela estava sentada assistindo TV e teve um desmaio”, contou.

Lavínia foi levada para Belo Horizonte e precisou ficar internada por 15 dias. À época, os exames mostraram que a doença tinha progredido. A medicação foi ajustada, e a menina chegou a melhorar.

No entanto, nos últimos meses, Lavínia enfrentou novos desmaios e acabou sendo levada para um hospital em São Paulo, onde está internada em um leito de terapia intensiva (UTI) desde 30 de março.

“No fim de março, ela acordou a irmã e pediu para chamar o papai e a mamãe, porque estava passando mal. Quando nós chegamos na cama, ela estava desmaiada”, lembrou Michelle.

“Trouxemos ela para o hospital, e ela sofreu uma parada. Ficou um dia intubada. Desde então, está na UTI.”

A partir daquele dia, Lavínia entrou na fila para um transplante de coração. Michelle conta que não procura saber sobre a posição da filha na fila de espera para evitar a ansiedade. Não há um prazo para que o órgão chegue.

“Tem pessoas que acham que a gente torce para alguém morrer para salvar minha filha. Não torcemos. A gente torce para que quem já morreu ou para que a família dessa pessoa tenha um ato de amor e salve a vida do próximo”, disse Michelle.

Para ser doador, basta avisar a própria família. Em caso de morte cerebral, a família será responsável por comunicar à equipe médica que o paciente é doador, autorizando a retirada dos órgãos.

“As pessoas sempre têm que pensar no próximo, porque o ato da doação de órgãos vai deixar muitas famílias felizes. A vida precisa continuar”, disse Lavínia.

Fila de espera

Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Orgãos (ABTO), divulgados em março, apontam que 55.386 pessoas aguardam na lista de espera por um transplante no Brasil. Deste total, 1.067 são crianças, sendo que 59 esperam por um coração, como Lavínia.

A maior parte dos pacientes que estão na fila aguarda por um rim. Veja a lista a seguir:

Rim: 30.538;
Córnea: 22.757;
Fígado: 1.302;
Coração: 310;
Pulmão: 167;
Pâncreas: 22.

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