Em menos de 20 dias, a Prefeitura de Mossoró foi obrigada a intervir duas vezes para garantir serviços de saúde que deveriam ser de responsabilidade do Governo do Rio Grande do Norte. O descaso estadual com a saúde pública tem se tornado rotina, afetando diretamente a população de Mossoró e de mais de 60 municípios da região Oeste.
No dia 7 de novembro, a gestão municipal assumiu a realização de tomografias de urgência e emergência para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM). O equipamento do hospital estadual apresentou problemas novamente, levando o Governo do Estado a solicitar o apoio da Prefeitura para evitar a interrupção do serviço.
Agora, o município precisou socorrer a Maternidade Almeida Castro, que enfrenta uma crise grave devido ao atraso de sete meses nos salários dos médicos obstetras. A paralisação dos profissionais, iniciada nesta segunda-feira (25), suspendeu partos e atendimentos de urgência obstétrica e ginecológica. Para impedir o colapso total dos serviços, a Prefeitura garantiu o custeio emergencial dos médicos, garantindo a continuidade dos partos de urgência na unidade não só para Mossoró, mas para todos os 60 municípios da região.
O impacto da crise não se limita a Mossoró. A Maternidade Almeida Castro é referência para dezenas de municípios, e a falta de repasses estaduais coloca em risco a continuidade do serviço para gestantes e mães que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).