Servidores públicos de Mossoró protestaram na manhã desta terça-feira (30), contra o corte do auxílio de insalubridade da Covid-19 para os profissionais da saúde do município. A suspensão foi assinada pelo prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) no último dia 10.
O protesto ocorreu em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do bairro Belo Horizonte.
Em suas falas, algumas emocionadas, servidores chamaram a atenção para as vidas perdidas de profissionais que atuaram naquela Unidade e as consequências psicológicas ainda vividas por eles até os dias atuais e a necessidade de uma valorização de verdade, ao invés de uma retirada de direitos em um momento tão tenso como agora, quando a pandemia ainda mostra sinais de evolução e de variações do vírus.
“Não nos enganemos, daqui para fevereiro teremos um aumento significativo no número de casos e será pior, porque não temos mais as Unidades de Terapias Intensivas montadas e seremos pegos todos de surpresa novamente. Estamos tirando do nosso salário para pagar psicólogos”, comentou uma servidora que não quis se identificar temendo represálias por parte da gestão.
Eliete vieira, presidente do Sindiserpum chamou a atenção de que os recursos federais não deixaram de chegar aos cofres da Prefeitura de Mossoró, conforme informações repassadas à diretoria: “Se consultarmos o site do Fundo Nacional de Saúde vamos verificar que Mossoró continua recebendo dinheiro para o combate à pandemia, não é justo tirar direitos daquele que mais precisa de amparo neste momento, que está cuidando das outras vidas e arriscando a sua”.
No dia 10 de novembro, Allyson publicou a portaria nº 676/2021, revogando portaria anterior, de número 696/2020, publicada em maio do ano passado, que assegurava 40% de insalubridade aos profissionais da Saúde que estivessem na linha de frente ao enfrentamento à pandemia de Covid-19.