A Prefeitura de Mossoró deverá decidir nesta quarta-feira (22) se mantém ou não restrições ao funcionamento do comércio local. Na última semana o crescimento de casos por dia caiu consideravelmente, o que evidencia que as medidas de isolamento social deram resultado. Nos últimos três dias, por exemplo, houve um crescimento de apenas um caso confirmado por dia. Diante desse cenário e com o aumento de leitos materializado na iminente inauguração do hospital municipal de campanha, além do martelo batido para a abertura do hospital São Luiz, o clima dominante no palácio da resistência é que a prefeita Rosalba Ciarlini começará a liberar gradualmente a volta do comércio por segmentos.
A obrigatoriedade de uso de máscaras ao sair de casa também é um tema que está na pauta. Mesmo com o eventual início da liberação, o município tende a exigir inúmeras medidas como disponibilização de álcool gel na entrada dos estabelecimentos e distância dos balcões de atendimento para os consumidores. No entanto, deverá continuar permanentemente proibida qualquer tipo de aglomeração e estabelecimentos como clubes, boates, bares ainda terão de esperar pelo visto.
A flexibilização do comércio já é realidade em diversas cidades do país. Em municípios de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro as restrições ao funcionamento de atividades comerciais consideradas não essenciais diminuíram, assim como em cidades da Paraíba (Itaporanga e Patos, por exemplo). No Pernambuco, o Governo já discute com o setor produtivo a elaboração de um protocolo para definição de como se dará essa retomada. Em Mossoró, a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) decide hoje os termos do decreto que deverá ser publicado amanhã em conjunto com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, se manterá ou não os impedimos previstos em decreto municipal que está em vigor atualmente.
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Nas cidades em que as restrições foram flexibilizadas, normas específicas foram estabelecidas, visando garantir a segurança dos clientes e funcionários, como o distanciamento recomendado entre as pessoas que estejam naquele ambiente, uso de Equipamentos de Proteção Individual como máscaras, número de profissionais adequado ao espaço físico disponível, liberação de funcionários que estejam no grupo de risco, entre outros pontos.
Em Mossoró, a Câmara de Dirigentes Lojistas defende a abertura gradual do comércio local, com o reestabelecimento das atividades por setores. A classe empresarial justifica que a retomada gradual da economia pode respeitar os requisitos de saúde pública e o controle à pandemia do novo coronavírus.
Outro ponto sendo levado em consideração para a defesa da flexibilização das restrições ao funcionamento do comércio: o sistema de Saúde de Mossoró não está em colapso. Pelo contrário, vem sendo ampliado nos últimos dias, com a garantia de abertura de 20 novos leitos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte e 100 no Hospital São Luiz com a participação decisiva do município, ministério público e Apamim que entraram na negociação que estava emperrada entre o hospital e o governo do estado para garantir a abertura.
O número de casos de Covid-19 na cidade também não apresenta uma curva veloz de crescimento. Entre os dias 15 e 22 de abril, por exemplo, Mossoró registrou 22 novos casos, uma média de 3,1 diagnósticos/dia. São fatores que o Município poderá levar em consideração na reunião desta quarta (22), do Comitê de Enfrentamento ao Covid-19. O fato é que à despeito da politização do tema, nenhuma cidade, estado ou país poderá ficar eternamente fechado, senão as consequências de um lockdown econômico podem ser bem piores do que o próprio enfrentamento à pandemia. Agora é momento de aguardar as novas diretrizes da cidade.









