Neste momento em que temos envolvidos no país inteiro basicamente todos os nossos representantes em escândalos de desvio, roubo, sonegação, tráfico de influência… Recai sobre o esporte o peso de tudo isso.
Não sei se é correto falar de cima para baixo ou iniciar daqui de baixo mesmo.
Nossa estrutura esportiva se dá através de associações esportivas, Ligas, federações, confederações e comitê olímpico nacional e internacional.

Tudo está errado, quando desde o início destas há várias ligas e associações de um mesmo esporte. Me pergunto, porque? E as federações, o que falta pra elas abraçarem seus interiores, o que falta pra abraçar toda a área para qual ela foi designada a representar?
Seremos sempre vítima de um grupo que busca os privilégios pros seus?
Sei que nem sempre os recursos são abundantes como na natação e vôlei pra olimpíadas passadas, mas também entendo que como o esporte caminha em isoladas regiões através de seus abnegados, é função primordial das federações integrar estas pessoas e oferecer o mínimo pra que estas possam melhorar suas ações e assim todos crescerem juntos.
Os recursos adivindos das confederações deveriam ser usados de maneira mais coletiva e incentivadora afim de estimular novos praticantes, descobrir talentos e finalmente fidelizar aqueles que já praticam e amam o esporte como colaboradores.
Nas confederações e comitês eu só posso lamentar, destes não tenho tanta proximidade pra falar a respeito mas o pouco que sabemos e que agora vem sendo noticiado é lamentável.

O depoimento de Nuzman, então presidente do comitê olímpico nacional, na abertura das olimpíadas foi emocionante. Não posso afirmar que não havia um sentimento verdadeiro ali, mas o que havia por trás infelizmente só reforça a verdade de que somos uma nação corrupta.
Nesta coluna de hoje trago este breve histórico de nossa realidade e a certeza de dizer que temos que mudar!
Temos que mudar nossa política esportiva, descentralizar o comando das federações, criar representatividade pras localidades mais distantes das capitais, temos estados que possuem áreas que superam boa parte de outros países no mundo. Temos que levar a frente das confederações pessoas que possuam um histórico de conquistas dentro do esporte mas que também se capacitem pra tomar a frente de uma entidade de representação.
O que acontece no mundo do esporte é reflexo de nossa realidade politica. Contudo, não podemos esperar por eles pra mudarmos, a iniciativa tem que ser nossa. Que sejamos o seguimento a dar o exemplo, que sejamos nós aqueles que irão dar o primeiro passo para a mudança, assim como acontece nas quadras, nos campos, nas ruas… que sejamos nós a superação!