O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte admitiu que já tinha conhecimento de que o contrato com a empresa responsável pelo serviço de obstetrícia em Mossoró seria encerrado. Mesmo informado com antecedência, ele afirmou que só tomou providências no último dia do prazo dado pela prestadora. Segundo o próprio gestor, acreditava que a empresa continuaria o serviço, mesmo após comunicar oficialmente que não tinha interesse em renovar.
A falta de antecipação gerou instabilidade no atendimento à população, principalmente no Hospital da Mulher e na Maternidade Almeida Castro (Apamim), que dependiam dos profissionais contratados por meio do acordo com o Estado. Com o fim do contrato e sem garantia de pagamento, médicos deixaram de comparecer aos plantões, aumentando o risco de desassistência para gestantes de Mossoró e de dezenas de municípios da região.
A situação expõe falhas na gestão da saúde pública do governo Fátima Bezerra no Oeste potiguar. Os hospitais afetados são referência para mais de 60 cidades, e a ausência de planejamento colocou em risco o atendimento obstétrico em uma das regiões mais dependentes da rede estadual.






