O Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) respondeu à nota da governadora Fátima Bezerra (PT) sobre a crise na Maternidade Almeida Castro, que enfrenta paralisação de médicos obstetras devido ao atraso de sete meses nos salários. Ao MOSSORO NOTÃCIAS, o NGO informou que a reunião realizada nesta segunda-feira (25) com a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP) e a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM) não trouxe soluções concretas para o problema.
De acordo com o NGO, a conversa não resultou em nenhuma negociação formalizada. O Governo do Estado apresentou uma proposta considerada insatisfatória, prevendo o pagamento de apenas um mês de salário, sem qualquer sinalização para a regularização do passivo acumulado.
“Teve reunião, mas sem nenhuma negociação formalizada. O Estado fez uma proposta não razoável para os médicos, de pagar um mês, e não foi sinalizada a regularização do passivo. Tudo passou de uma conversa, e a SESAP ficou de formalizar uma proposta”, destacou o NGO.
Em nota anterior, a governadora Fátima Bezerra havia informado que avanços foram obtidos na negociação para retomada imediata dos serviços. No entanto, o NGO desmentiu qualquer progresso concreto, afirmando que aguarda uma proposta formal por parte da SESAP.
A paralisação dos médicos obstetras deixou Mossoró e mais de 60 municípios da região Oeste sem atendimentos obstétricos e ginecológicos de urgência. Para evitar o colapso total dos serviços, a Prefeitura de Mossoró assumiu temporariamente o custeio dos médicos, garantindo a realização de partos de urgência.