Passados quase dois anos do assassinato da estudante de enfermagem Valéria Patrícia, em Mossoró, o caso continua um mistério. Familiares e amigos aguardam até hoje uma resposta da polícia em relação ao responsável pelo crime.
Valéria desapareceu no dia 11 de setembro de 2016 e foi encontrada morta quatro dias depois em um matagal às margens da BR-110, entre Mossoró e Upanema. Segundo o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), a estudante foi encontrada com o pescoço quebrado e um tiro na cabeça. Morta aos 20 anos de idade, o crime chocou a cidade.
Na última entrevista concedida ao portal MOSSORO NOTÃCIAS [exatamente quando o crime completou um ano], o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, José Vieira, chegou a relatar que a polícia trabalhava com a hipótese de crime de latrocínio [roubo seguido de morte], após descartar inicialmente a morte por crime passional.
O delegado chegou a destacar ainda, que havia alguns suspeitos, mas a falta de provas robustas dificultava na incriminação dos mesmos. “Não adianta nada eu chegar aqui e falar que fulano de tal é o suspeito, que fulano de tal praticou esse crime, se eu não tenho uma prova cabal para incriminar. Se for levado a júri sem provas robustas o caso pode ser arquivado”, disse.
Perguntado quais as principais dificuldades da Polícia Civil em concluir o caso, o delegado afirmou: “As próprias circunstâncias do crime (local, falta de testemunhas, ausência de câmeras, sem torre de telefonia) dificultam a elucidação completa”.
Nossa equipe questionou uma declaração dada pelo delegado em novembro de 2016 [dois meses após o crime] quando afirmou em entrevista à rádio 95 FM, que o crime seria esclarecido “em breve”, sendo que até hoje ainda não foi concluído.
“A investigação não é linear ela acontece com percalços, por exemplo, você começa a pegar muitas provas e vai no caminho certo só que lá na frente você encontra uma prova que acaba com tudo”, relatou o delegado.
O delegado disse ainda que as coisas não acontecem com a mesma velocidade que queremos. “Dependemos muito da perícia e do laudo. Achávamos que era uma pessoa (autora do crime), mas a perícia e o laudo descartaram nosso principal suspeito”, disse.
Nossa equipe tentou contato com o delegado nesta segunda-feira, mas não conseguiu. Entretanto o portal se compromete a tentar contato novamente com a polícia para saber como anda a investigação que completa dois anos no próximo mês.