Os advogados de Walter Delgatti Neto, preso na semana passada pela Polícia Federal por suspeita de que tenha invadido os celulares de mil autoridades, entre elas o ministro da Justiça Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro, negaram que o hacker seja filiado a partidos e que é “desinteressado em política institucional”.
Delgatti Neto era filiado ao DEM deste 2007. Após a prisão, ele foi expulso do partido.
Em nota enviada à Globonews, os advogados Luis Gustavo Delgado Barros e Fabrício Martins Chaves Lucas também afirmaram que todas as informações obtidas pelo hacker estão sendo guardadas por “fiés depositários” tanto no Brasil quanto no exterior. Dizem também que Delgatti Neto não reconhece o apelido de “Vermelho”.
Em depoimento à Polícia Federal divulgado na sexta 26, o hacker detalhou como uma cadeia de invasões o levou a contatos dos principais nomes da República. Afirmou também ser o responsável pelo conteúdo das mensagens publicadas pelo The Intercept Brasil. À PF, o suspeito disse que chegou até Glenn Greenwald, responsável pelo site, por meio da ex-deputada Manuela D’Ãvila, que confirmou ter sido a ponte entre o invasor e o jornalista.
Delgatti Neto também disse que não editou os diálogos de membros da Lava Jato e que não recebeu nenhum valor em troca das mensagens de autoridades.