O júri popular condenou nesta quarta-feira (22) José Cândido
de Melo, pela morte de sua ex-esposa, Isolda Claudino, 53 anos, assassinada a
facadas em março deste ano, na Zona Norte de Natal. O homem foi sentenciado a
11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. A informação foi divulgada pelo
Portal G1.
Os jurados entenderam que o homem praticou o crime de
homicídio qualificado privilegiado, em acolhimento da teste defensiva. O fato
de o homem ser réu primário beneficiou ele, porém a juíza Eliana Alves Marinho,
presidente do 1º Tribunal do Júri, considerou que “sua conduta social não
pode ser considerada boa, tratando-se de pessoa violenta, cuja vida em comum
com a vítima foi marcada por histórico de ameaças e agressões verbais e
físicas; apresentando sua personalidade sinais de agressividade”.
Ainda na sentença, a magistrada registrou que a vítima
“foi surpreendida com a presença do acusado que, armado de faca peixeira e
de forma imoderada, desferiu-lhe 19 cutiladas com a arma branca que portava,
levando-a a óbito”.
“A pena base foi fixada levando em consideração as
circunstâncias judicias e pessoais do acusado e, também, diante do contexto do
crime, cometido com extrema violência e gravidade contra a mulher com quem
conviveu maritalmente por quase 30 anos, resultando uma prole de quatro filhos,
dentre os quais um menor de idade”, declarou a juíza.
O crime
A mulher foi morta a facadas quando voltava do trabalho para
a casa. O crime aconteceu no dia 19 de março de 2018. Segundo a família, o
homem não aceitava a separação, que tinha acontecido havia cerca de um ano.
De acordo com informações da polícia, a mulher desceu do
ônibus e seguiu para a residência onde morava, na direção de mangue do bairro
Potengi. No caminho, foi surpreendida por José Cândido, que a esperava para mata-la.
O homem desferiu golpes de faca na ex-companheira, que
segundo a polícia, foi atingida em áreas de órgão vitais, como peito, a
barriga, o pescoço. Ela ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos
ferimentos.
Foto: Reprodução