Um modelo potiguar de 20 anos e outra mulher foram presos em
flagrante por tráfico internacional de drogas, no Aeroporto Internacional dos
Guararapes, na Zona Sul do Recife, com 5 quilos de cocaína ao todo. De acordo com a Polícia Federal, os dois trabalham como
modelos e não se conheciam, mas ambos foram aliciados por seus agenciadores sob
a promessa de uma carreira na Europa.
A PF acredita que
alguns agentes de moda estão aliciando e incentivando jovens modelos a servir
de transportadores do tráfico internacional de entorpecentes, sob a promessa de
uma carreira promissora no ramo da moda na Europa.
Segundo a reportagem do G1,
a prisão do potiguar aconteceu por volta das 5h30, do domingo (11), durante uma
fiscalização de rotina da PF. Foram detectadas duas placas de formato
retangular na mala de Alisson de Souza Trajano, de 20 anos, natural de Macau.
Os policiais federais constataram que ele transportava 2,2
quilos de cocaína em um fundo falso. Com ele, a PF também apreendeu um cartão
de embarque e um celular.
Durante o interrogatório, segundo a polícia, ele afirmou que
trabalha com o modelo há sete meses, em São Paulo, e que levaria a droga para
Lisboa, em Portugal. Ele teria sido aliciado pelo agenciador e só teria o valor
do serviço acertado ao desembarcar na Europa, onde já teria uma proposta de
emprego. Ele teria recebido 1.000 euros para custear as despesas da viagem.
Mais cedo, por volta de 1h45, uma mulher de 21 anos, que é
natural do Paraná, também passou por uma
revista, após os policiais identificarem uma placa de formato retangular em um
fundo falso da bagagem, através do aparelho de Raio-X.
Ao abrir a mala da suspeita, foi encontrado um invólucro com
2,8 quilos de uma substância orgânica, identificada pela PF como cocaína após
um narcoteste. Além da droga, foram apreendidos cartão de embarque, um celular
e 850 euros, equivalente a cerca de R$ 3.570.
Os dois suspeitos foram conduzidos para o Centro de Observação
e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) e Colônia Penal Feminina do Bom
Pastor, onde ficam à disposição da Justiça Federal. Se condenados, eles podem
pegar de cinco a 20 anos de prisão.
Foto: Reprodução