Os deputados federais Fernando Mineiro e Natália Bonavides, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), foram os únicos parlamentares do Rio Grande do Norte que não assinaram o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, na Câmara dos Deputados. A comissão visa apurar as graves denúncias de irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social, que segundo investigações da Polícia Federal, já somam mais de R$ 6,3 bilhões em desvios.
O requerimento já conta com a adesão de seis deputados potiguares: Benes Leocádio (União Brasil), João Maia (PP), Carla Dickson (União Brasil), General Girão (PL), Robinson Faria (PL) e Sargento Gonçalves (PL). A CPI terá o objetivo de investigar esquemas de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados, uso irregular do FGTS e irregularidades nos empréstimos consignados.
Benes Leocádio, que confirmou sua assinatura nesta terça-feira (6), também defendeu a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. Segundo ele, a gravidade das denúncias exige uma investigação rigorosa para que os responsáveis sejam identificados e punidos.
“A CPI é um instrumento legítimo do Parlamento para investigar e cobrar providências. Não podemos admitir que recursos dos aposentados sejam desviados. Precisamos dar uma resposta firme à sociedade”, afirmou Benes.
A ausência de apoio por parte de Mineiro e Natália gerou críticas de setores da oposição, que questionam o silêncio dos parlamentares petistas diante de um escândalo de grandes proporções, que envolve diretamente a gestão do governo federal. Ambos ainda não se pronunciaram publicamente sobre o motivo da não assinatura.
A coleta de assinaturas para a CPI continua em andamento na Câmara. Para ser instaurada, são necessárias pelo menos 171 assinaturas.