Após uma disparada em junho, o dólar voltou a subir nesta segunda-feira (1º), ultrapassando a marca de R$ 5,60 e fechando em R$ 5,65. Os investidores repercutiram novamente as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez novas críticas a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. A moeda norte-americana renovou as máximas desde 10 de janeiro de 2022, quando encerrou em R$ 5,6723, acumulando agora ganhos de 16,53%.
Nesta segunda-feira, Lula afirmou que quem deseja um Banco Central autônomo é o mercado, acrescentando que o próximo presidente da autarquia olhará para o Brasil da forma que o país realmente é, e não do jeito que o mercado financeiro sugere. Em entrevista à rádio Princesa, de Feira de Santana (BA), Lula declarou que o país não precisa de juros altos no momento e criticou o presidente do BC, referindo-se a ele como “cidadão”, afirmando que ele não pode ser mais importante que o presidente da República.
Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, ressaltou que a autoridade monetária tem um “compromisso absoluto” com a meta de inflação, mas alertou que o custo da desinflação fica elevado se o quadro fiscal não colabora.