Em 100 dias, o governo de Jair Bolsonaro cumpriu 1/5 das promessas feitas durante a campanha eleitoral. Dos 58 compromissos firmados no período e que podem claramente ser mensurados, 12 foram cumpridos em sua totalidade. Outros quatro foram parcialmente atendidos, e 40 ainda não foram cumpridos. Dois compromissos não têm como ser avaliados no momento.
Na comparação com os ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer em 100 dias de governo, Bolsonaro cumpriu 12 das 58 promessas, Dilma, 5 das 55, e Temer, 3 das 20.
Promessas cumpridas
As promessas de cunho econômico estão em maior volume no quesito cumprimento. Dentre elas estão: não recriar a CPMF, pois de fato o novo imposto não foi criado, a redução de alíquotas de importação e barreiras tarifárias também ocorreu no setor químico industrial. O importante acordo de livre comércio de veículos comerciais leves entre Brasil e México já está em vigor desde março.
A quarta promessa (“Fazer com que os preços praticados pela Petrobras sigam os mercados internacionais”) também foi cumprida porque a estatal manteve a política de repassar as variações de preços dos combustíveis no mercado internacional, adotando intervalos entre os reajustes e usando mecanismos de hedge.
Bolsonaro também defendeu desde a campanha enxugar a máquina pública e reduzir a quantidade de cargos em comissão. E o fez por meio do decreto nº 9.725/2019, publicado no dia 13 de março, onde estabeleceu o corte de 21 mil cargos, funções e gratificações do Executivo. De forma imediata, foram extintos 159 cargos, além de 4.941 funções e 1.487 gratificações.
Há também um grande número de promessas da área de segurança pública; a maioria ainda não foi cumprida. Das 10 promessas, nove não foram cumpridas e uma foi cumprida parcialmente, a que fala em “reformular o Estatuto do Desarmamento”.