O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) virou réu
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, após o juiz Leonardo Barreiros, da
5ª Vara Criminal da Barra Funda, aceitar a denúncia proposta pelo promotor
Marcelo Mendroni, do Gedec, Grupo Especial de Delitos Econômicos.
A denúncia do Ministério Público partiu de delações feitas
na Operação Lava Jato. O MP também fez denúncia do crime de formação de
quadrilha, mas este trecho da acusação não foi aceito pela Justiça.
De acordo com a denúncia, entre abril e maio de 2013, Ricardo
Ribeiro Pessoa, presidente da empreiteira UTC Engenharia S/A, recebeu um pedido
de João Vaccari Neto, então tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores
(PT), da quantia de R$ 3 milhões.
O valor serviria para o pagamento de uma dívida de campanha do
então recém-eleito prefeito de São Paulo Fernando Haddad, contraída com gráfica
que pertencia a ex-deputado estadual do PT. Nestas condições, João Vaccari
Neto, segundo a acusação, representava e falava em nome de Fernando Haddad.
Ainda segundo a denúncia, constou na agenda de Fernando
Haddad já no exercício do mandato de prefeito que ele recebera Ricardo Pessoa
pessoalmente, no dia 28 de fevereiro de 2013.
O ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado do PT à
Presidência da República já negou reiteradas vezes ter cometido
irregularidades.
Por meio de nota, a assessoria de Haddad informou nesta
segunda-feira que “a denúncia é mais uma tentativa de reciclar a já
conhecida e descredibilizada delação de Ricardo Pessoa”.
“Com o mesmo depoimento, sobre os mesmos fatos, de um
delator cuja narrativa já foi afastada pelo STF, o Ministério Público fez uma
denúncia de caixa 2, uma denúncia de corrupção e uma de improbidade. Todas sem
provas, finfadas apenas na desgastada palavra de Ricardo Pessoa, que teve seus
interesses contrariados pelo então prefeito Fernando Haddad. Trata-se de abuso
que será levado aos tribunais”, completa a nota.
*Com informações
Portal G1