Investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontam que quatro deputados do PSL, aliados do presidente Jair Bolsonaro, fizeram repasses de verbas para divulgar atos antidemocráticos. O dinheiro era da cota parlamentar, verba pública que deveria ser usada para atividades ligadas ao mandato. As informações são do Portal G1.
Os quatro deputados são: Bia Kicis (PSL-DF); Guiga Peixoto (PSL-SP); Aline Sleutjes (PSL-PR) e General Girão (PSL-RN).
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O dinheiro da cota parlamentar desembolsado pelos deputados foi destinado à empresa Inclutech Tecnologia de Informação. A empresa pertence ao publicitário Sérgio Lima, responsável pela marca do partido que o Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil.
O inquérito que investiga os atos antidemocráticos foi aberto em abril, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. O relator é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações miram manifestações pró-governo que apresentaram reivindicações antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do STF.
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Nota de Girão
Em nota, a assessoria do deputado General Girão afirmou que ele não financiou nenhum tipo de manifestação e que os contratos firmados com a empresa Inclutech foram para prestação de serviços relacionados à logomarca “General Girão”, à elaboração e manutenção do site do parlamentar e à produção de relatórios diários de notícias.
“O deputado General Girão não concorda e nunca se manifestou a favor do fechamento do STF ou de eventual quebra da normalidade democrática”, concluiu a nota divulgada pela assessoria de General Girão.