A vereadora Marleide Cunha (PT) também segue em silêncio sobre o caos na saúde estadual, que deixa as mães desamparadas em Mossoró Ela, que frequentemente se apresenta como defensora das mulheres e dos mais pobres, permanece calada diante de uma das maiores crises de saúde pública em Mossoró.
Nesta segunda-feira (25), os médicos obstetras da Maternidade Almeida Castro paralisaram suas atividades, interrompendo partos e atendimentos de emergência obstétrica e ginecológica, devido ao atraso de sete meses nos salários de 2024. O impacto atinge não apenas Mossoró, mas mais de 60 municípios que dependem da unidade.
O colapso, causado pela falta de repasses do Governo do Estado, liderado pela aliada política de Marleide, a governadora Fátima Bezerra (PT), tornou o direito ao parto um privilégio. Agora, apenas quem pode pagar por um plano de saúde ou atendimento particular tem acesso ao serviço, agravando ainda mais a situação das mulheres em situação de vulnerabilidade.
Apesar da gravidade, Marleide optou por não cobrar soluções ou se posicionar sobre o caso. A postura contrasta com sua imagem política, construída sobre a defesa dos direitos femininos e sociais. Para muitos, o silêncio da parlamentar é visto como uma contradição, especialmente em um momento tão delicado para a saúde pública.
O impacto da crise expõe mães e gestantes ao desespero, justamente as mulheres que Marleide afirma representar. Caso a situação envolvesse um governo de oposição, o cenário poderia ser diferente, com críticas públicas e mobilizações. No entanto, diante do caos instaurado em uma gestão de sua base política, o silêncio se torna a resposta escolhida.