Um tema bastante discutido e bem comum nos dias atuais. A
ansiedade é mais frequente do que imaginamos, mas nem sempre a reconhecemos. E
se reconhecemos, não procuramos trata-la. Vamos entender um pouco sobre esse distúrbio!
A ansiedade é uma emoção normal do ser humano, comum ao se
enfrentar algum problema no trabalho, antes de uma prova ou diante de decisões
difíceis do dia a dia. No entanto, a ansiedade excessiva pode se tornar uma
doença, ou melhor, um distúrbio de ansiedade. Pessoas que sofrem de distúrbios
de ansiedade sentem uma preocupação e medo extremos em situações simples da
rotina, além de alguns sintomas físicos, o que atrapalha suas atividades
cotidianas, já que eles são difíceis de controlar.
A ansiedade é algo muito próximo da preocupação. E
preocupação nada mais é do que um aspecto do medo, um temor de que as coisas
não saiam como nós gostaríamos. Todos esses componentes são necessários para a
nossa evolução e sobrevivência; o que não pode ocorrer é um exagero de qualquer
um deles. A ansiedade é, basicamente, uma resposta do corpo vinda do sistema
nervoso autônomo, que age independente do nosso pensamento racional, como um
reflexo.
Ele tem a porção simpática, que tem reações de resposta ao
estresse, preparando o corpo para fugir ou lutar em uma situação de perigo.
Quando a adrenalina é liberada, o corpo reage de diversas formas, como acelerar
os batimentos cardíacos e contrair os vasos sanguíneos, para levar o sangue
mais rapidamente, dilatar os brônquios, para aumentar a respiração e o consumo
de oxigênio, dilatar as pupilas, para melhorar a visão mesmo em pouca luz, aumentar
a liberação da glicose no sangue, para dar mais energia às células.
A ansiedade pode trazer diversos sinais e sintomas, psicológicos,
físicos e até alguns outros transtornos. Podemos citar constante tensão ou
nervosismo, sensação de que algo ruim vai acontecer, problemas de concentração,
medo constante, preocupação exagerada, problemas para dormir, irritabilidade,
agitação dos braços e das pernas, dor ou aperto no peito, falta de ar, aumento
do suor, tremores nas mãos, sensação de fraqueza ou cansaço, náusea, diarreia,
boca seca, tontura ou vertigens, sensação de morte. Em alguns casos, as dores
no peito são tão fortes que são confundidas com infarto.
Existem diversos tipos de ansiedade. Os que mais acometem as
pessoas são Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que ocorre quando a
ansiedade persiste por longos períodos de tempo e passa a interferir nas
atividades do dia a dia. O principal sintoma do quadro é a “preocupação excessiva
ou expectativa apreensiva”; síndrome do pânico, que é um tipo de transtorno de
ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que
algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de
perigo iminente; fobia social, que é caracterizado pelo extremo desconforto e
pavor com situações sociais como ambientes novos, desconhecidos e cheios de
pessoas estranhas; encontros sociais; falar em público; e outras situações do
tipo; e Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), que é um distúrbio psiquiátrico
de ansiedade. Sua principal característica é a presença de crises recorrentes
de pensamentos obsessivos, intrusivos e em alguns casos comportamentos
compulsivos e repetitivos. Analogicamente falando, uma pessoa com TOC é como um
disco riscado, que repete sempre o mesmo ponto daquilo que está gravado.
Pacientes com este transtorno sofrem com imagens e pensamentos que os invadem
insistentemente e, muitas vezes, sem que consiga controlá-los ou bloqueá-los.
Não há uma causa certa para o aparecimento da ansiedade, mas
existem alguns fatores que podem contribuir, como genética, ambiente em que a
pessoa vive, mentalidade ou modelo de pensamento.
O tratamento para a ansiedade é de acordo com a relação que
a mesma apresenta com outras partes do corpo. Caso a ansiedade excessiva esteja
relacionada a uma doença física, seu tratamento adequado já trará alívio dos
sintomas. No entanto, se o paciente sofre de algum transtornos de ansiedade, o
tratamento pode envolver diversas abordagens, como psicoterapia, remédios para
a ansiedade (antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos).
A maior parte das pessoas com ansiedade começa a se sentir
melhor e retoma as suas atividades depois de algumas semanas de tratamento. Por
isso, é importante procurar ajuda especializada na unidade de saúde mais
próxima. O diagnóstico precoce e preciso da ansiedade, com tratamento eficaz e
acompanhamento por um prazo longo são imprescindíveis para obter melhores
resultados e menores prejuízos. Cuide da sua saúde mental. É tão importante
quanto a saúde física!
Até o nosso próximo encontro!