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Três anúncios para um crime: uma inspiração para a vida real

Por: Redação

Neste dia 4 de Março acontece a maior premiação mundial do Cinema, e como já discorri aqui sobre “A Forma Da Água”, o filme com mais indicações deste ano e provavelmente com bastante chance de ganhar vários prêmios. Entretanto não podemos esquecer dos seus fortes concorrentes, com sete indicações “Três Anúncios Para Um Crime” certamente é um deles.



Primeiro engano: apesar do nome, o filme não é sobre suspense, mas na verdade uma comédia dramática dessas violentas e, realmente, hiperbólicas (como toda boa dramédia deve ser). Então não vá esperando o suspense, pois ele não vai aparecer.


Segundo engano: a sinopse é simples e o trailer afirma a história de uma mãe, que após a impunidade de um crime bárbaro contra sua filha, morta e estuprada, arranjou uma forma criativa de reivindicar por justiça. Contratou três outdoors, com frases provocativas contra a polícia local e especificamente contra o xerife Bill Willoughby. A população da pequena cidade no sul dos Estados Unidos a condena, pois o Xerife passa por um drama pessoal do conhecimento de todos. É ai onde mora o engano meus caros. Com esta sinopse muitos pensam que o filme é chato ou monótono. Nada disso! Prende a atenção em vários momentos, graças: aos maravilhosos diálogos, muito bem construídos a prova de distrações (moscar não é uma alternativa para quem quer entender o filme); as atuações maravilhosas, incluindo a de Melhor Atriz para Frances McDormand (uma categoria com páreo duríssimo esse ano); o plot twist completamente inesperado (se não manja das expressões cinematográficas pode ver aqui); e a excelente direção de Martin McDonagh, que não foi indicado desta vez, mas tem seu valor.

Primeira Verdade: no roteiro existem críticas diretas ao jeito do sulista americano de ser, seus preconceitos e muitas (mas eu digo muitas mesmo) críticas contra o racismo. Se você não curte humor-negro, pega seu tempo precioso e vai fazer outra coisa, porque vai ter e muito (você já sabe que é muito mesmo).

Segunda Verdade: a criativa estratégia Mildred Hayes de publicar os seguintes dizeres em outdoors: “Estuprada enquanto morria”, “E ainda sem prisões?”, “Como pode, xerife Willoughby?”, serviu de inspiração para casos reais. Após mais um incidente nos EUA, onde um atirador invade uma escola americana, desta vez deixando 17 mortos no estado da Flórida, ativistas alugaram três caminhões para provocar o senador republicano Marco Rúbio, defensor do argumento que a restrição às armas não fariam diferença no caso. Claramente adaptando a mensagem do filme os militantes escreveram: “Massacre numa escola”, “E ainda nenhum controle de armas?” e “Como pode, Marco Rubio?”.

Este filme é para surpreender-se, questionar-se… Uma lição não óbvia dos efeitos de causa e consequência de nossas ações, sejam elas o extremo anárquico ou o oposto displicente.

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