A paralisação da Polícia Militar (PM) há 10 dias fez com que o Rio Grande do Norte vivesse um cenário de caos e medo pelos sucessivos casos de arrastões, roubos e assassinatos. O número de mortes violentas cresceu mais de 50% no período.
Segundo o Obvio (Observatório de Violência Letal Intencional), entidade que computa mortes, desde o início do aquartelamento houve um aumento de 51% no número de homicídios, em comparação ao mesmo período de 2016. Nos oito primeiros dias foram 56 homicídios registrados, contra 37 no mesmo período do ano anterior e 27 em 2015.
Até o dia 27, foram 2.375 assassinatos registrados, quase 20% a mais que o total de 2016: 1.995 mortes.
Para o pesquisador de segurança pública e coordenador do Obvio, Ivênio Hermes, a falta de investimentos no Estado foi a maior responsável por levar a essa situação. “Há uma ausência de políticas reais e efetivas de segurança pública. O futuro da segurança pública no Rio Grande do Norte não parece promissor”, afirma.
Para ele, a redução de efetivo está “sem prognósticos de soluções”. “Contribui com esse problema a evasão de empresas e/ou falta de geração de emprego e renda”, completa.