Polícia

Sem provas robustas não podemos condenar os suspeitos, diz delegado sobre o caso Valéria Patrícia


Sem provas robustas não podemos condenar os suspeitos, diz delegado sobre o caso Valéria Patrícia

Completou nesta segunda-feira (11), um ano da morte da estudante de enfermagem Valéria Patrícia. A jovem foi morta com um tiro na cabeça a 6 quilômetros da área urbana de Mossoró. Em entrevista ao portal MOSSORÓ NOTÍCIAS, o delegado José Vieira, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Mossoró, contou como anda as investigações e quais motivos o crime ainda não foi elucidado.

Perguntado quais as principais dificuldades da Polícia Civil em concluir o caso, o delegado afirmou: "As próprias circunstâncias do crime (local, falta de testemunhas, ausência de câmeras, sem torre de telefonia) dificultam a elucidação completa".

Nossa equipe questionou uma declaração dada pelo delegado em novembro do ano passado quando afirmou em uma entrevista à rádio 95 FM, que o crime seria esclarecido "em breve". "A investigação não é linear ela acontece com percalços, por exemplo, você começa a pegar muitas provas e vai no caminho certo só que lá na frente você encontra uma prova que acaba com tudo", destacou o delegado.

O delegado disse ainda que as coisas não acontecem com a mesma velocidade que queremos. "Dependemos muito da perícia e do laudo. Achávamos que era uma pessoa (autora do crime), mas a perícia e o laudo descartaram nosso principal suspeito", disse.

Novos rumos

Ao descartar o principal suspeito, o delegado informou que as investigações partiram para outros rumos, o de latrocínio (homicídio com objetivo de roubo, ou roubo seguido de morte ou de graves lesões corporais da vítima). "Já temos alguns suspeitos porém não temos provas robustas para condena-los. Eu poderia muito bem chegar na imprensa e falar que foi 'fulano de tal', ele ser preso, mas quando chegar no júri ele se solto por falta de provas robustas. Eu vou colher mais provas e no final do inquérito indicar com provas robustas os acusados. Nessa situação a gente tem que ter muita cautela", concluiu José Vieira.

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