A Xiaomi é uma empresa de tecnologia criada em 2010, considerada a “Apple da China”. Seus produtos vão de smartphones, lâmpadas inteligentes, câmeras domésticas e até patinetes. Ela volta oficialmente ao Brasil depois de alguns anos afastada e seus preços não são mais tão bons quanto antes. Leia a coluna de tecnologia desta semana do Professor Carlos Augusto.
A Xiaomi chegou ao Brasil em junho de 2015 em um evento ocorrido em São Paulo, oferecendo inicialmente, apenas um smartphone – o RedMi 2 – uma pulseira fitness – a Mi band, e outros pequenos acessórios. Com preços competitivos e, apesar do estigma chinês, trouxe produtos de alta qualidade. A ideia da empresa é oferecer produtos premium e ter apenas 5% de lucro. Depois da crise brasileira ocorrida no ano de 2016, abandonou o país.
O RETORNO
O lançamento do smartphone Xiaomi Mi 8 Lite marca o retorno da marca ao Brasil. A empresa agora tem loja oficial, localizada no Shopping Ibirapuera, zona sul de São Paulo e chegou fazendo barulho na concorrência com a Apple, Samsung e Huawei.
O aparelho lançado ao mercado tem configuração de hardware bastante avançada e câmera selfie de 24mp e tela Full HD+. Outra vantagem do retorno da empresa é a assistência técnica e garantia de 12 meses, mas atenção – apenas para produtos adquiridos no Brasil e homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel. Diferente da Apple, por exemplo, que tem garantia mundial.
O visual do aparelho segue o padrão do iPhone da Apple, graças ao notch, aquele recorte no canto superior, para garantir maior aproveitamento da tela de 2280 x 1080 pixel de resolução.
PONTOS POSITIVOS:
• Uma boa ficha técnica, com hardware robusto e câmeras poderosas.
• Assistência técnica e garantia no Brasil, ainda que os produtos adquiridos lá fora não sejam cobertos.
PONTOS NEGATIVOS:
• Sistema operacional desatualizado de fábrica, Android 8.1 (Oreo), isto significa que você levará para casa um celular com sistema antigo.
• Sem saída de áudio analógica, ou seja, sem aquela entrada conhecida como P2, para fone de ouvido. No lugar disto, a conexão é uma USB-C, padrão mais moderno, presente em alguns smartphones, obrigando você a ter um adaptador ou headphone Bluetooth para ouvir suas músicas.
• Preço de lançamento: R$ 2.699,00. Com esse valor, o consumidor pode optar por smartphones de marcas que estão mais estabelecidas no mercado, como por exemplo alguns modelos da Samsung ou Apple.
A empresa é inovadora, vemos isto pelas parcerias com Startups. Hoje, cerca de 100 startups fazem parte do “Ecossistema da Xiaomi”. Além de investir a empresa também cuida do controle de qualidade e da distribuição dos produtos, ponto para Xiaomi.
Temos que lembrar o Sr. Lei Jun, CEO da Xiaomi, para retomar a ideia de oferecer produtos premium com lucro de 5%, também no Brasil. Afinal, pagar quase R$ 3.000,00 e não ter um iPhone não é para qualquer um.
– – – – – – – – –
Carlos Augusto é entusiasta de tecnologia desde que ganhou seu primeiro videogame em 1985, o Odyssey da Philips.
Tem alguma sugestão para esta coluna?
Fale comigo: [email protected]
Acompanhe-me nas redes sociais: