A hora de dá adeus a uma panela

Por Vanessa Nunes – Papo de Cozinha Tudo que é material tem um fim. Aquela panela boa, também acaba. Nem sei quantas vezes vi pessoas apegadas às suas panelas, como se dependessem totalmente delas para cozinhar. É verdade que quando trocamos esses utensílios, precisamos ajustar um pouco o preparo daquelas comidas que estamos acostumadíssimos a fazer com as mesmas medidas e tempo de cozimento, como o arroz, por exemplo. Mas o que há de tão mal nisso? Depois você acerta de novo e pronto. Quando fui ter a minha casa, ganhei um jogo de panelas de uma amiga. Eram boas panelas e antiaderentes, que me serviram bem por pelo menos 3 anos. Daí pra frente elas começaram a dar sinais de que precisavam de uma aposentadoria, mas eu confesso que custei a enxergar. Eu me prometi que neste post não vou entrar na questão da qualidade das panelas, dos tipos de revestimentos e quais as melhores opções para nossas cozinhas. Esse é um assunto para outro post e, se tiver interesse nele, deixe seu comentário aqui embaixo. O que quero agora é apenas falar que é preciso dizer adeus. Mesmo que cuide muito de suas panelas, independente de qual material elas são feitas, algum dia será preciso se desfazer delas. No meu caso, o revestimento antiaderente (do tipo Teflon) começou a se soltar. O pior de tudo é o que vou confessar: custei a admitir que aquelas coisinhas pretas que estavam saindo na minha comida vinham do fundo da panela. Estava na minha cara, mas não sei por qual razão, eu que sou tão cuidadosa com minhas coisas e até com a minha alimentação, não encarei o fato. Nunca usei utensílios que pudessem arranhar o fundo das panelas, conforme os fabricantes orientam. A única coisa que reconheço ter feito e vou logo dizendo para você evitar, é enfiar a louça suja de qualquer maneira dentro da pia, deixando que talheres eventualmente ficassem dentro das panelas e, possivelmente, arranhando o Teflon. Por estarem cobertos com água, eu não percebia a besteira que estava fazendo. Acho que isso deve ter contribuído muito para que o revestimento se danificasse, portanto: cuidado! Primeiro joguei fora a maior delas, que era a que mais usava. Depois, foi a frigideira, que eu já tinha separado para fazer tapiocas, exclusivamente. Eu via que as tapiocas ficavam com uns resíduos pretos, mas tentava me convencer de que aquilo era queimado, embora tivesse aspecto de piche. Se você visse, diria: “Vanessa, como assim? Isso é do fundo da panela, olha aqui, ó!”. Agora está indo embora a menorzinha do kit. São poucos arranhões, mas vi os pontos pretos no meio do meu inhame e sei que não tem mais jeito. Preste atenção: esses revestimentos são tóxicos e por isso estou escrevendo este post para alertar quantas pessoas for possível de duas coisas: 1) Como já disse, tudo que é material acaba. Você vai aproveitar o quanto puder, usufruir daquele produto, evitar que estrague rápido, mas será inevitável que você se desapegue dele um dia, porque tudo tem validade. Igual a gente: por mais que queiramos viver esta vida para sempre, sabemos que o nosso corpo não resiste ao tempo. 2) Faço questão de contar aqui no blog as minhas experiências de fracasso na cozinha para que você saiba que também sou inexperiente na maioria dos assuntos e que cometo muitos erros (com os quais aprendo), o que nos torna pessoas do mesmo barco. O erro de comer revestimento de panela com certeza foi um dos maiores que cometi como cozinheira e, se você puder aprender com o meu exemplo, vai me ajudar a fazer valer um pouco das toxinas que ingeri – e principalmente meu namorado, coitado, uma grande vítima! Não é vergonha nenhuma se você se identificar com o meu relato, apenas pegue suas panelas velhas e jogue-as no lixo! Não doe, elas não vão fazer bem para mais ninguém. Outra coisa que acontece com panelas antiaderentes é serem esfregadas com esponjas abrasivas, que não são macias e acabarem estragando por conta disso. Indo ao extremo, já vi muitas panelas com revestimento antiaderente preto serem areadas (polidas) com palha de aço até que ele saia e o alumínio brilhe reluzente. Sério, isso inclusive aconteceu na minha casa quando eu era pequena e na casa da minha avó, vários anos depois. As pessoas nunca tinham visto esse tipo de panela e achavam que a cor delas fosse sinal de sujeira, descuido. Aí areavam até perder o braço – e o revestimento – e ainda completavam: “Essa aqui foi duro!”. Bom, se isso é possível, claro que um revestimento pode se soltar a partir de uns arranhões. Também há a discussão sobre o uso de panelas revestidas com Teflon (o antiaderente mais comum) e outros semelhantes, por esse revestimento ser considerado tóxico. Sob este ponto de vista, quem usa panelas com Teflon já estaria ingerindo substâncias nocivas à saúde, ainda que elas não sejam visíveis no prato. Como falei, não vou entrar nessa discussão, mas não tenha dúvidas de que a ingestão de qualquer partícula de um material que não é comestível, não vai fazer bem. Como você notou, falei o tempo todo de panelas antiaderentes e a razão disso é que só tenho delas na minha cozinha. Não que eu tenha uma enorme preferência por elas, mas calhou de ser assim até o momento. Tenho também panelas antiaderentes revestidas com material diferente do Teflon, o que as deixa fora daquela discussão. No entanto, elas não estão livres de ficarem danificadas um dia. Se você usa panelas de ferro, de alumínio, de pedra, de barro, de aço inox (desconfio de muitas delas) ou outra qualquer, saiba que elas também têm fim e que é você quem precisa notar isso. Toda panela é acompanhada de orientações de uso, seja para prepará-la antes de usar pela primeira vez ou aqueles cuidados que você deve ter em relação às temperaturas e tipo de fonte de calor a que elas podem ser expostas,
Mulher é espancada e mantida em cárcere privado pelo namorado por dois meses

Uma mulher foi resgatada pela Polícia Militar na noite desta quinta-feira (13) após ser mantida em cárcere privado pelo namorado no bairro Planalto, na Zona Oeste de Natal. Segundo informações da PM, ela estava há pelo menos dois meses trancada no local e tinha marcas de espancamento. O suspeito foi preso. Segundo a polícia, ela foi obrigada a pedir demissão do trabalho e o companheiro não permitia que ela tivesse contato com outras pessoas. A vítima contou que o casal estava junto há quatro meses. adSenseBox Dentro da residência, a mulher disse ter ficado presa há pelo menos dois meses, e relatou que o companheiro foi autor das marcas de espancamento. “Ele me empurrava, me enforcava, puxava meu cabelo, eram várias agressões mesmo”, disse a vítima. A polícia chegou ao local após uma denúncia feita a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. Com o homem, que não teve sua identidade divulgada pela polícia, foi apreendido drogas e materiais que caracterizam tráfico de drogas. A PM informou que ele já tem passagem pela polícia. Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Prefeitura convoca médicos e fisioterapeutas aprovados em processo seletivo

A Prefeitura de Mossoró convocou médicos generalistas e fisioterapeutas aprovados no processo seletivo da Secretaria Municipal de Saúde. Os selecionados devem apresentar a documentação necessária para comprovar as informações na ficha de inscrição. Os candidatos aprovados no Processo Seletivo da Saúde devem comparecer à sede da Secretaria Municipal de Administração e Finanças, localizada na Rua Idalino de Oliveira, nº 106, Centro – Mossoró/RN, no expediente aberto ao público de 07h às 13h, no prazo de 15 dias, a contar a partir da data de publicação da convocação. O PSS foi elaborado para preenchimento temporário de vagas existentes no quadro de pessoal da pasta da Saúde de Mossoró. O certame tem 01 (um) ano de validade, contado da data de assinatura de sua homologação, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período a critério da Prefeitura de Mossoró. A relação dos convocados, documentação necessária para efetivação no cargo e outras informações estão disponíveis na edição nº 476C do JOM.
Em dois meses, preço de massas e pães subiu 10% no país

Desde julho, os preços de produtos à base de trigo, como massas alimentícias, pães e biscoitos, além da própria farinha de trigo, já aumentaram em até 10%, segundo estimativas de entidades que representam a indústria do setor no país. O percentual representa cerca de 40 vezes a variação da inflação média dos últimos dois meses, medida pelo Ãndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,24% entre julho e agosto. A principal explicação para a inflação dos alimentos à base de trigo está na dependência externa que o Brasil tem do produto combinada com as recentes oscilações do dólar e do preço do produto no mercado internacional. O trigo é um dos poucos grãos que o Brasil tem que importar de outros países para abastecer o mercado doméstico. Pelos dados mais recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o país deve produzir 5,2 milhões de toneladas de trigo em 2018 e comprar do exterior mais 6,3 milhões de toneladas, a maior parte oriunda da Argentina, seguida de países como Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Rússia. Oscilação de preço Economistas confirmam o cenário descrito pelos produtores do setor. “No caso do trigo, o Brasil importa mais da metade da demanda interna. Assim, maiores taxas de câmbios terão impacto direto sobre os mercados atacadista e varejista. Além disso, no primeiro semestre de 2018, os preços internacionais subiram, diante da menor oferta mundial. O Brasil também foi impactado pelos maiores preços na Argentina, diante das incertezas quanto ao tamanho da safra desta temporada”, explica o professor Lucílio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepe), ligado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP). O preço do trigo, que é um dos principais produtos negociados na Bolsa de Chicago (CME Group), nos EUA, chegou a atingir US$ 197,80 (R$ 819) por tonelada em agosto, o maior valor desde julho de 2015. Na parcial de setembro, o preço caiu um pouco, para US$ 181 (R$ 749,34), mas ainda bem superior à média do início do ano (US$ 158,91/ton em janeiro). Além disso, como o preço internacional do produto é calculado em dólar, a desvalorização do real aumenta seu custo de importação. No ano, o dólar se valorizou ante ao real em 22,86%, no acumulado até agosto. Somente no mês passado, essa valorização foi de 8,45%. Preço por produto De acordo com Cláudio Zanão, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos industrializados (Abimapi), os maiores aumentos acumulados desde julho afetam principalmente o macarrão e o pão de forma, que tiveram cerca de 10% de aumento no período. Esses alimentos foram os mais afetados porque o volume da farinha de trigo empregada na produção representa entre 60% e 70% do custo final do produto. No caso do biscoito, cuja farinha de trigo representa cerca de 30% do custo, o aumento no preço foi de cerca de 5% nesse período, de acordo com Zanão. Segundo ele, esses aumentos foram, em média, o repasse da indústria e dos supermercados para o consumidor final no varejo. O dirigente também afirmou que a elevação do preço do trigo ainda não se estabilizou. “Infelizmente, a má notícia é essa. O trigo aumentou, mas não quer dizer que [o aumento] já acabou. Se o mercado internacional continuar oscilando e o câmbio também continuar oscilando para cima, os preços tendem a aumentar mais”, acrescenta Zanão, para quem esses aumentos já devem estar repercutindo no bolso do consumidor. “Quando você aumenta preço no varejo, diminui o consumo, por isso que supermercado não gosta de aumentar preço, mas já foram reduzidas todas as margens e o repasse começa a ser inevitável”. O repasse da alta do trigo ao consumidor também está sendo absorvido, em parte, pelos moinhos. “Houve um pequeno repasse no custo do trigo para o mercado interno, mas é difícil porque impacta no consumo e a economia ainda está desacelerada”, reconhece Rubens Barbosa, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo). O empresário diz ainda que só não houve uma disparada maior nos preços porque este mês começa a colheita da safra brasileira do produto nos estados Paraná e no Rio Grande do Sul, que são os dois principais produtores do país. Outros custos Para o setor de padarias, que comercializa o tradicional pãozinho francês, a oscilação no preço do trigo, apesar de importante, não é a principal preocupação no momento. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), o gasto com mão de obra representa atualmente 40,6% do custo do setor. Gastos com energia elétrica (14,4%) e impostos (15,2%) também são apontados como fatores de custo relevantes nos últimos anos. A Abip diz ainda que não orienta o repasse de nenhum tipo de aumento de preço ao consumidor final, já que essa decisão cabe exclusivamente aos donos de padaria. Ainda segundo a entidade, mais de 41 milhões de pessoas passam pelas 70 mil padarias do país, diariamente. O segmento emprega 2,6 milhões de trabalhadores direta e indiretamente. Crise na Argentina Outro fator que preocupa a indústria brasileira é o agravamento da crise econômica na Argentina, que vive superdesvalorização de sua moeda, o peso, o que fez com o que o governo de lá decidisse aplicar um imposto de exportação ao setor agrícola. Mais de 80% do trigo importado pelo Brasil vêm justamente do país vizinho. “A situação continua incerta. Até dois dias atrás, ainda não estava certo se os contratos que tinham sido negociados antes dessas medidas do governo argentino seriam afetados ou não”, aponta Rubens Barbosa, da Abitrigo. Na semana passada, o presidente da Argentina, Maurício Macri anunciou a criação de um novo imposto aos exportadores de produtos primários, como grão e minérios, que deverão pagar ao governo quatro pesos para cada dólar vendido. Os exportadores dos demais produtos pagarão uma taxa menor, de três pesos para cada dólar obtido. Tabela do frete Além da crise na Argentina, os impactos da nova tabela do frete (Lei nº 13.703/2018)