Guedes: Bolsonaro quer expandir economia de mercado na América Latina

O governo do presidente Jair Bolsonaro está empenhado em transformar a América Latina em uma economia de mercado, disse hoje (16) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na cerimônia de homenagem ao presidente pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Dallas, o ministro comentou sobre a boa relação de Bolsonaro com os governos da Argentina e do Paraguai. “O nosso presidente se entende muito bem com os governos da Argentina e do Paraguai. A esquerda quis unificar a América Latina numa economia obsoleta, e nós queremos unificar em uma economia de mercado”, afirmou Guedes. O ministro também demonstrou otimismo com a aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso. Ele reiterou que, depois da aprovação, o governo enviará pacotes de medidas que promovam o crescimento como a quebra do monopólio na distribuição de petróleo e de gás. “Queremos que o Brasil seja grande de novo. O Senado diz que vai aprovar a reforma da Previdência em 60 dias e isso vai mudar as perspectivas do país. Na segunda parte do ano voltaremos a crescer, podendo quebrar esse duplo monopólio do petróleo e gás, fazendo os preços diminuírem 50%”, disse. Ao mencionar o prazo de 60 dias para a aprovação das mudanças na Previdência, o ministro foi bastante aplaudido pela plateia, formada por empresários e por representantes do governo. A cerimônia de entrega do prêmio de personalidade do ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos ocorre há 50 anos. Pela primeira vez, o evento foi realizado fora de Nova York.
Barracão está em trabalho intenso para concluir decoração do MCJ

A equipe de decoração do Mossoró Cidade Junina está correndo contra o tempo para concluir o trabalho antes do prazo previsto e deixar a cidade vestida de festa com a decoração junina. São aproximadamente 50 profissionais, entre costureiras, aderecistas, eletricistas e ferreiros trabalhando em média 10 horas por dia no barracão localizado no bairro Santo Antônio. Aqui para onde se olha tem bandeirinhas, tecidos e todos os outros artigos que em breve estarão nas ruas da cidade anunciando a chegada do Mossoró Cidade Junina. “Nesta edição de 2019 a decoração do Mossoró Cidade Junina está sendo concebida na mesma ideia do material publicitário inspirado no artista cearense, Espedito Seleiro, artesão de selas de montaria. Estamos trabalhando a decoração contemplando as mesmas cores da publicidade conferindo unidade na identidade do Mossoró Cidade Junina 2019”, destacou Messias Gomes, coordenador da decoração. Além do Corredor Cultural da Avenida Rio Branco, principal endereço da festa, as principais vias da cidade também serão decoradas como Avenida Presidente Dutra, Avenida Lauro Monte, Avenida Augusto Severo, Avenida João da Escóssia. Balões serão espalhados por toda a cidade para anunciar a chegada do São João e convidar mossoroenses e turistas para viverem o Mossoró Cidade Junina. A decoração da Arena Deodete Dias, templo das quadrilhas juninas, será iniciada na próxima terça-feira (21), e em pelo menos três dias o trabalho será concluído. Esse ano o teto da arena terá uma nova roupagem, as bandeirinhas não serão as protagonistas. Elas estarão em um painel que será instalado no palanque dos jurados. “Estamos a todo vapor cortando tecido, costurando, em um trabalho intenso para deixar tudo pronto dias antes do início da festa”, disse Ivete Azevedo, coordenadora das costureira.
Taxa de desemprego cresce em 14 estados no primeiro trimestre do ano

A taxa de desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD-C), divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas outras 13 unidades, a taxa manteve-se estável. Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, no entanto, apenas quatro unidades da Federação tiveram aumento da taxa de desemprego. Na passagem do último trimestre de 2018 para o primeiro trimestre deste ano, as maiores altas da taxa de desemprego foram observadas no Acre (de 13,1% para 18%), Goiás (de 8,2% para 10,7%) e Mato Grosso do Sul (de 7% para 9,5%). Na comparação com o primeiro trimestre de 2018, os estados que registraram alta na taxa foram Roraima (de 10,3% para 15%), Acre (de 14,4% para 18%), Amazonas (de 13,9% para 14,9%) e Santa Catarina (de 6,5% para 7,2%). Já os estados que tiveram queda na taxa, nesse tipo de comparação, foram Pernambuco (de 17,7% para 16,1%), Minas Gerais (de 12,6% para 11,2%) e Ceará (de 12,8% para 11,4%). Subutilização A taxa de subutilização (os que estão desempregados, que trabalham menos do que poderiam e que estavam disponíveis para trabalhar mas não conseguiram procurar emprego) do primeiro trimestre foi a maior dos últimos da série histórica (iniciada em 2012) em 13 das 27 unidades da Federação. As maiores taxas foram observadas no Piauí (41,6%), Maranhão (41,1%), Acre (35%), na Paraíba (34,3%), no Ceará (31,9%) e Amazonas (29,2%). A taxa média de subutilização no país foi de 25%, também a maior da série histórica. Os maiores contingentes de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) no primeiro trimestre deste ano foram registrados na Bahia (768 mil pessoas) e no Maranhão (561 mil). Os menores foram observados em Roraima (8 mil) e no Amapá (15 mil). Os maiores percentuais de trabalhadores com carteira assinada estavam em Santa Catarina (88,1%), no Rio Grande do Sul (83,2%) e Rio de Janeiro (81,8%) e os menores, no Maranhão (50,3%), Piauí (52,5%) e Pará (53,0%). As maiores proporções de trabalhadores sem carteira foram observadas no Maranhão (49,5%), Piauí (47,8%) e Pará (46,4%), e as menores, em Santa Catarina (13,2%), no Rio Grande do Sul (18,0%) e Rio de Janeiro (18,4%). Em relação ao tempo de procura de emprego no Brasil, 45,4% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 24,8%, há dois anos ou mais, 15,7%, há menos de um mês e 14,1% de um ano a menos de dois anos.
Adolescentes com sobrepeso têm risco elevado de doença cardiovascular

Adolescentes com sobrepeso apresentam o mesmo risco de doença cardiovascular que jovens obesos, mostra pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Presidente Prudente e Marília. O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo (Fapesp), foi desenvolvido com 40 adolescentes com idades entre 10 e 17 anos e comparou resultados de testes cardíacos entre grupos de obesos e com excesso de peso. Os resultados foram publicados na revista científica Cardiology in the Young. “Já sabemos que adolescentes obesos têm alto risco de desenvolver, mais futuramente, uma doença cardiovascular como hipertensão; dislipidemia, que inclui aumento nos triglicérides e aumento no colesterol HDL no sangue; desenvolver diabetes, AVC, infarto. Mas quando comparando essas variáveis fisiológicas entre o grupo obeso e com sobrepeso a resposta deles foi idêntica”, disse Vitor Engrácia Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa. Até então o sobrepeso na adolescência não era considerado um fator de risco tão importante. Segundo o pesquisador, os resultados chamam atenção para a necessidade de cuidados desde o ganho de peso inicial dos adolescentes. “Quando começam a perceber a questão de alimentação, de exercício físico, sedentarismo, quando percebem que o filho já está começando a entrar um pouco no sobrepeso, começa a perceber gordura na barriga, que ele tem dificuldade para realizar algum tipo de esforço é importante levar o filho ao cardiologista, nutricionista, endocrinologista. É fazer ações preventivas”, disse. A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017 e feita pelo Ministério da Saúde, aponta que quase um em cada 5 (18,9%) brasileiros são obesos e que mais da metade da população das capitais brasileiras (54%) estão com excesso de peso. Valenti, a partir de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), chega a conclusão de que o país tem cerca de 35% de crianças com sobrepeso e 15% obesas. Estudo Os pesquisadores dividiram os 40 adolescentes em dois grupos com meninos e meninas na mesma proporção e com diferentes valores de escore-z – escala usada no diagnóstico nutricional de crianças e adolescentes, baseada no número de desvios padrão acima ou abaixo da média da população na mesma idade. Eles foram submetidos a um protocolo de exercício físico moderado, de caminhada por 20 minutos em uma esteira sem inclinação, que exigia 70% da frequência cardíaca máxima estimada para a faixa de idade. A variabilidade da frequência cardíaca dos adolescentes foi medida antes e depois do exercício para avaliar a velocidade de recuperação cardíaca na sequência da atividade física. De acordo com os pesquisadores, essa medida permite analisar o risco de uma pessoa apresentar uma complicação cardiovascular imediatamente após uma atividade física e também estimar o risco de ter uma doença cardiovascular no futuro. Nos primeiros segundos de um exercício físico, há uma redução da atividade do sistema nervoso parassimpático, que é responsável por estimular ações que relaxam o corpo, como desacelerar os batimentos cardíacos. Após os primeiros 50 a 60 segundos do esforço físico, há um aumento da atividade do sistema nervoso simpático – estimulando ações de resposta a situações de estresse, como a aceleração dos batimentos cardíacos, por meio dos efeitos da adrenalina. Segundo Valente, estudos anteriores demonstraram que, quanto maior o tempo que esse sistema nervoso autônomo demora para se estabilizar após o exercício e, consequentemente, recuperar a frequência cardíaca normal, maior também é a predisposição para o desenvolvimento de uma doença cardiovascular ou metabólica.