Homem é assassinado a tiros enquanto trafegava de moto em Mossoró

Um homem ainda não identificado foi assassinado a tiros na noite deste domingo (30), em Mossoró. Segundo a Polícia Militar, a vítima trafegava em uma motocicleta na avenida Alberto Maranhão, quando foi surpreendido e morto. O crime ocorreu no bairro Belo Horizonte. adSenseBox O local já foi isolado por uma guarnição da PM. A Policia Civil e o ITEP já foram acionados para o local. Até o momento não há informações sobre a motivação do crime.
Bolsonaro diz que leis em excesso “amarram” ações do governo

O presidente Jair Bolsonaro lamentou hoje (30) o que classificou como uma “amarração” provocada pelas leis brasileiras que, segundo ele, retardam mudanças necessárias ao desenvolvimento nacional. “O aparelhamento no Brasil não é só de gente não. É de legislação, que foram amarrando. [Há] uma quantidade enorme de conselhos. Tem ministério que tem 200 pessoas no conselho, o equivalente a um terço do Parlamento. Não tem como você resolver. É muito difícil. Temos que lutar contra isto devagar”, disse o presidente logo após chegar a Brasília, de volta da Cúpula de Osaka, no Japão, onde foi realizada a reunião do G20 – grupo dos países mais ricos e a União Europeia. Bolsonaro comentou as dificuldades para implementar seus projetos ao voltar a falar sobre a proposta de autorizar a instalação de empreendimentos turísticos na Baía de Angra dos Reis (RJ), região parcialmente ocupada pela Estação Ecológica de Tamoios, criada em 1990. Em maio, o presidente manifestou a intenção de revogar o decreto presidencial que criou a unidade de conservação e permitir o turismo na região. “Gostaria muito de começar logo o nosso plano de transformar a Baía de Angra na nossa Cancún brasileira, mas, para revogar um decreto, botaram uma lei que tem que ser outra lei”, acrescentou o presidente. Ele também comentou a prisão, na Espanha, de um militar brasileiro que integrava a equipe de apoio à viagem presidencial ao Japão. O militar foi detido transportando 39 quilos de cocaína. “Isto está sendo investigado. Ele jogou fora a vida dele. Jogou na lama o nome de instituições; prejudicou um pouco o Brasil, mas isto acontece em qualquer lugar do mundo, em qualquer instituição. Meu grande lamento é [que o brasileiro] não tenha sido [detido] na Indonésia [onde o tráfico de drogas é passível de pena de morte]”, disse Bolsonaro, ao citar o caso do brasileiro Marco Archer, morto em Java, em 2015, após ter sido preso com 13 quilos de cocaína. “Seria mais um exemplo. Já não basta o Archer…mas tudo bem. Segue a vida”, concluiu o presidente.
“Diferente de tudo que já fiz no Brasil”, diz Elba sobre cantar Ave Maria Sertaneja no trio

A terceira edição do Boca da Noite, realizada neste sábado (29) em Mossoró, teve um momento marcante para a cantora Elba Ramalho. Ela foi uma das principais atrações do evento que encerra a programação de shows nacionais do Mossoró Cidade Junina 2019. A pedido da Prefeita Rosalba Ciarlini, a cantora iniciou sua apresentação as 18 horas, cantando a Ave Maria Sertaneja em cima do trio elétrico. ” O nosso São João é o mais cultural do Brasil e essa Ave Maria Sertaneja é uma homenagem a fé da nossa gente”, explicou Rosalba. Antes de subir ao trio, a artista recebeu a imprensa ao lado da Prefeita Rosalba Ciarlini, no Salão dos Grandes Atos e falou o que achou do pedido da chefe do executivo municipal. “É uma honra saudar Nossa Senhora e Luiz Gonzaga, cantando a Ave Maria Sertaneja. Vai ser diferente de tudo que já fiz no Brasil”, frisou Elba que embarca na terça-feira para uma turnê nos Estados Unidos. Na oportunidade, Rosalba Ciarlini entregou para a cantora uma réplica da Capela de São Vicente, que foi trincheira do povo mossoroense na luta contra o bando de Lampião. “Essa imagem é um símbolo da força e da resistência da nossa gente, por isso queremos que você leve essa lembrança de Mossoró”, comentou a Prefeita. Em cima do trio elétrico, Elba Ramalho arrastou uma multidão e colocou todo mundo para dançar ao som de clássicos do xote e do baião. Em sua terceira edição, o Boca da Noite trouxe um público estimado de 80 mil pessoas para os corredores da Avenida Rio Branco. O evento celebrou o sucesso do Mossoró Cidade Junina 2019, que se consolidou como a melhor e maior edição do evento. “A Prefeita Rosalba é uma guerreira e fez uma festa linda, obrigada pelo convite”, concluiu Elba Ramalho.
O que sabemos sobre violência obstétrica?

Nome não tão conhecido, mas que ocorre mais vezes do que imaginamos. A violência obstétrica ainda é tão frequente nas maternidades. Vamos entender um pouco sobre o que é a violência obstétrica, afinal, conhecimento é valioso e pode nos livrar de muitas situações incômodas. A luta pela garantia dos direitos reprodutivos das mulheres vem acontecendo desde a década de 90 por meio de algumas classes de profissionais de saúde e pessoas defensoras dos direitos humanos. No Brasil, segundo informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS, de 2015, os partos hospitalares representam 98,08% dos partos realizados na rede de saúde e, entre os anos de 2007 e 2011, houve um aumento de 46,56% para 53,88% de partos cesáreas. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde (2015) mostram que a taxa de operação cesariana chega a 56% na população geral. Dado bastante alarmante, pois a porcentagem aconselhada para os procedimentos em cesárea é de no máximo 15%. É importante ressaltar aqui que o parto cesáreo só deve ser indicado quando há riscos para a saúde da mãe e do bebê. Caso não tenha riscos reais e comprovados, a mãe deve sim ter o direito de escolher o parto normal. Por isso, a escolha do profissional obstetra deve ser criteriosa. Além dos altos números de parto cesáreo, também podemos destacar o alto número de intervenções durante o trabalho de parto, com mostra a mesma pesquisa do Ministério da Saúde, onde em 70% das mulheres foi realizada punção venosa, cerca de 40% receberam ocitocina e realizaram aminiotomia (ruptura da membrana que envolve o feto) para aceleração do parto e 30% receberam analgesia raqui/ peridural. Durante o parto também foram encontradas intervenções, como a posição de litotomia (deitada com a face para cima e joelhos flexionados) foi utilizada em 92% dos casos, a manobra de Kristeller (aplicação de pressão na parte superior do útero) teve uma ocorrência de 37% e a episiotomia (corte na região do períneo) ocorreu em 56% dos partos. Em muitos casos, o que era pra ser um momento de boas recordações, acaba sendo uma lembrança dolorosa. Precisamos compreender que o processo de gerar durante nove meses um ser no ventre de uma mulher é um acontecimento da própria fisiologia feminina, não algo que deve ser visto como patológico. É claro que algumas mulheres precisam sim de algumas intervenções devido a problemas de saúde adquiridos, mas não podemos generalizar. Cada gestação possui suas próprias características e seus próprios acontecimentos e estes devem ser respeitados. Dessa forma, a busca pelos direitos da mulher obstétrica e a utilização de técnicas de parto humanizado passaram a ser frequentes por meio de algumas áreas profissionais em saúde. Segundo Tornquist (2002), o movimento teve como base as propostas realizadas pela OMS em 1985 que estimulavam o parto vaginal, a amamentação logo após o parto, o alojamento conjunto da mãe e do recém-nascido e a presença de acompanhante durante o processo. Além disso, recomendava a atuação de enfermeiras obstétricas na atenção ao parto normal e a inclusão de parteiras no sistema de saúde em regiões sem presença da rede hospitalar. Há diversos casos citados na literatura de mulheres que se sentiram violentadas pelos profissionais durante o parto. E essa violência obstétrica inclui diversos pontos, como o tratamento desrespeitoso, incluindo relatos de terem sido mal atendidas, não serem ouvidas ou atendidas em suas necessidades e terem sofrido agressões verbais e físicas. E em alguns relatos, as mulheres falam que sentiram medo ou vergonha de perguntar sobre determinado procedimento. Na violência obstétrica também está incluso o uso excessivo de medicamentos e intervenções na hora do parto, raspagem dos pelos pubianos, episiotomias de rotina, realização de enema, indução do trabalho de parto e a proibição do direito ao acompanhante escolhido pela mulher durante o trabalho de parto. Considerando todos estes pontos e todos os trabalhos publicados nessa linha de raciocino, podemos dizer que a violência obstétrica é considerada uma violação dos direitos das mulheres grávidas em processo de parto, que inclui perda da autonomia e decisão sobre seus corpos. E como podemos mudar essa realidade? É SIMPLES! O básico e o início de tudo começa em nós, através do conhecimento, a busca por informações. Não podemos continuar fingindo que entendemos tudo. Se não compreendeu, pergunte, questione, queira saber os riscos de determinado procedimento, é seu direito, e este ninguém pode tirar. Se você já passou por violência obstétrica, ajude outras mulheres que ainda vão vivenciar o parto a não passar por isso. Conhecimento é importante e necessário. Espero que tenha gostado e até a próxima semana!