A campanha de vacinação contra a poliomielite em Mossoró, que teve início em agosto com objetivo de imunizar crianças com idade até cinco anos, encerra nesta quinta-feira (29). A campanha irá terminar mais “cedo”, por causa do feriado do dia 30.
Inicialmente, a previsão era que as ações para imunização fossem até 9 de setembro, mas, devido à baixa adesão, a campanha foi prorrogada até o dia 30 de setembro. A vacinação ocorre nesta quinta-feira nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Com a prorrogação, Mossoró chegou a 39% da meta de imunização crianças dentro do público-alvo – com idades entre um ano e quatro anos, 11 meses e 29 dias. Ainda abaixo do esperado.
O esquema vacinal de poliomielite é composto, atualmente, por duas vacinas: a injetável aplicada em três doses aos dois, quatro e seis meses de vida da criança, e a vacina oral aplicada aos 15 meses e aos quatro anos. A medida está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.
A campanha também visa a multivacinação, com o objetivo de atualizar a caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos.
Doença
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral, nos membros inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.
A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.
Não existe tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro clínico.
Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
As sequelas são tratadas através de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.