A concessão da “Medalha do Mérito Policial Luiz Gonzaga”, maior honraria da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, à deputada federal Natália Bonavides (PT), causou indignação e protestos por parte da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN). Entre os 133 agraciados, a escolha da parlamentar gerou controvérsias devido a suas posições e ações consideradas prejudiciais à segurança pública e à legitimidade da atuação dos policiais.
De acordo com a ASSPMBMRN, Natália Bonavides tem se destacado por ações e posicionamentos que visam enfraquecer a segurança pública e descreditar o trabalho dos policiais, colocando em risco não apenas a integridade física dos profissionais, mas também a segurança da população que eles juraram proteger.
A Associação dos Soldados e Praças também manifestou seu descontentamento com a concessão da medalha à deputada, especialmente após as recentes mortes de três policiais, assassinados a tiros em Felipe Camarão, bairro da Zona Oeste de Natal. A entidade questionou por que não homenagear um familiar das vítimas, considerando os trágicos acontecimentos ocorridos nos últimos 40 dias.
Durante a cerimônia de entrega das medalhas, a deputada Natália Bonavides optou por não se manifestar sobre o assunto, alegando não ter lido a nota da Associação e estar com pressa para outro compromisso, apesar das insistências.
O comandante da Polícia Militar, coronel Alarico Azevedo, defendeu a concessão da honraria, afirmando que o evento celebrava os 189 anos da corporação e homenageava personalidades e autoridades que contribuíram para a segurança pública. Segundo ele, os deputados federais e estaduais que receberam a medalha contribuíram com emendas parlamentares para a aquisição de equipamentos.
Um dos pontos mencionados que gerou descontentamento por parte dos policiais foi o posicionamento da deputada Natália Bonavides em relação ao Projeto de Lei 5391/20, aprovado em 2021. A parlamentar votou contra a imposição de penas mais rigorosas para os assassinos de policiais e militares, assim como a preferência de cumprimento de pena em presídios federais.