O cessar-fogo entre Israel e Irã, anunciado na noite de segunda-feira (23) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi oficialmente rompido menos de três horas após sua entrada em vigor. As acusações de violações partiram de ambos os lados e a tensão voltou a escalar no Oriente Médio nesta terça-feira (24).
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o Irã desrespeitou completamente o acordo ao lançar mísseis contra o território israelense ainda durante o período da trégua. Segundo ele, as sirenes de alerta soaram no norte de Israel após o ataque, o que levou as Forças Armadas a retomarem operações militares contra alvos iranianos.
“Dei instruções para que nossas forças retomem os ataques a alvos militares e governamentais iranianos. O Irã violou o cessar-fogo e terá que lidar com as consequências”, declarou Katz.
Do outro lado, o Irã também acusa Israel de ter violado o cessar-fogo, com pelo menos três ataques a diferentes regiões do território iraniano. Segundo as Forças Armadas do Irã, citadas pela agência de notícias Tasnim, Israel “pagará um preço elevado” pelas supostas violações.
Teerã, no entanto, negou o lançamento de mísseis contra Israel, classificando as acusações como “fabricadas” e afirmando que o regime israelense tenta justificar sua escalada militar.
O cessar-fogo havia sido articulado por Trump após 12 dias de confrontos que ameaçavam se expandir por toda a região. O plano previa uma trégua escalonada, na qual o Irã iniciaria o cessar-fogo, seguido por Israel horas depois.
Apesar do apelo de Trump nesta manhã para que as partes respeitassem o acordo e evitassem um conflito ainda maior, o cenário voltou a se deteriorar rapidamente, deixando a região em estado de alerta e a comunidade internacional apreensiva quanto ao desfecho do embate.