O senador Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado, publicou nota nesta segunda-feira (4) criticando com veemência a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o parlamentar, a medida é uma forma de “abafar” denúncias reveladas no mesmo dia contra o ministro por meio da chamada “Vaza Toga”.
“No mesmo dia em que a Vaza Toga revela novos abusos de Alexandre de Moraes, o ministro volta a se exceder e decreta a prisão de Jair Bolsonaro, o maior líder político da história do Brasil. Coincidência? Evidente que não. Trata-se de uma cortina de fumaça para abafar as denúncias trazidas pelas reportagens investigativas”, afirmou Marinho.
Segundo o senador, o Brasil vive sob uma “jurisprudência de exceções”, com o que ele classifica como “relativização de garantias fundamentais”, como o juízo natural, o devido processo legal, o contraditório e os direitos da advocacia.
Marinho também classificou a prisão de Bolsonaro como resultado de um processo “baseado em uma única delação premiada” e afirmou que o ex-presidente está sendo punido por “crime de opinião”.
“Não aceitaremos mais esse Estado de exceção. Conclamamos todos os senadores da República a honrarem seus mandatos. Basta de arbítrio. Fora, Alexandre de Moraes. Impeachment já!”, declarou.
Na nota, o senador ainda usou termos como “vingança não é justiça”, “abuso de poder” e “Brasil refém” para reforçar a gravidade do que considera um ataque ao Estado Democrático de Direito.