Um estudo realizado por dois físicos brasileiros reacendeu o debate sobre o local exato onde Pedro Álvares Cabral teria desembarcado em 1500. A pesquisa aponta que a frota portuguesa poderia ter aportado primeiro no Rio Grande do Norte, e não em Porto Seguro, na Bahia, como é amplamente aceito.
O trabalho, publicado no Journal of Navigation, foi desenvolvido por Carlos Chesman, da UFRN, e Cláudio Furtado, da UFPB. Eles analisaram trechos da carta de Pero Vaz de Caminha e cruzaram as informações com dados atuais de ventos, correntes marítimas e imagens de satélite.
Segundo os pesquisadores, a descrição do “monte redondo” feita no documento histórico se encaixa no Monte Serra Verde, localizado no litoral potiguar. O “rio” mencionado por Caminha também corresponderia ao rio Punaú, em Rio do Fogo. Há ainda referência ao marco português de 1501 existente na praia do Marco, em São Miguel do Gostoso, usado como reforço à tese.
Historiadores afirmam que a hipótese é interessante, mas reforçam que ainda precisa passar por revisão e comparação com mapas e documentos da época.








