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O mercado de trabalho e as várias correntes de pensamento

Por: Redação


O mercado de trabalho vem se aperfeiçoando e
se adaptando às novas tecnologias que surgem com o decorrer do tempo. Os
modelos apresentados pelas correntes de pensamento auxiliam nos debates de como
este mercado vai se adaptar as novas regras.

Porém,
estas correntes já vêm debatendo este assunto desde os séculos passados. Neste
artigo, iremos apresentar os principais pontos e os que mais contribuíram para
a evolução do mercado de trabalho, alguns, tem relevância até hoje, outros, já
foram bem refutados e são fora da realidade.

 

1
CLÁSSICOS

Na visão clássica, através
de Adam Smith e David Ricardo, o mercado de trabalho se assemelha aos demais
mercados, ou seja, existe a busca pela maximização da utilidade. No caso do
mercado de trabalho, sempre irá existir a busca pela maximização do lucro, ou
seja, caso o salário seja alto demais, a tendência é que suba o nível de
desemprego e que os empresários se aperfeiçoem de outra maneira.

O
custo do trabalho é que influencia a decisão de contratar ou não contratar,
além disso, a ação de sindicatos, associações etc., influenciam para que os
níveis salariais aumentem mais do que o aceitável para se manter o equilíbrio,
o que acarretaria em desemprego. Na visão clássica, o trabalho é um produto, no
qual os trabalhadores são vendedores, os empregadores são compradores e o salário
é o preço, fazendo a semelhança com qualquer outro mercado.

Então,
na visão clássica tudo depende do equilíbrio entre oferta e demanda, ou seja, o
preço dos trabalhadores é que vai ser o ponto chave para que os empregadores
decidam, ou não, contratar. Qualquer interferência estatal ou sindicalista que
modifiquem o fluxo de reajuste de salário drasticamente, desequilibra e o
próprio mercado de trabalho sofre as consequências.

Posteriormente
a este pensamento, surgem outras variáveis de equilíbrio, como o investimento
em capital humano, por exemplo, que capacita o indivíduo para que justifique a
alta no salário com a produtividade também aumentando. O que não faz sentido é
aumentar o salário “a força” sem aumentar a produtividade e sem trazer benefícios
para o empregador.

Um
dos motivos para que o Brasil tenha um nível de desempregado alto é a
improdutividade da mão-de-obra e o reajuste de salário anual feito pelo estado.
Além disso, tem toda aquela “proteção” do trabalhador que só atrasa e sufoca os
empregadores, desta forma, não tem previsão de melhora para o mercado de
trabalho brasileiro, a única saída é se capacitar para justificar o salário com
a produtividade.

 

2 KARL
MARX

Marx, como crítico do
sistema capitalista, sempre impôs que os empregadores sufocavam os
trabalhadores, ou seja, que o valor pago pelos empresários não era real de
acordo com o dispêndio de tempo que o trabalhador alocava para o trabalho e
para a produção. Para Marx, a força de trabalho valia bem mais do que o custo
do trabalho que era pago.

A
visão marxista é bem diferente da visão clássica, na verdade, Marx não defende
a classe dos empresários e apenas faz críticas ao capitalismo sem apontar
soluções. Marx não afirma que “o socialismo funciona e o capitalismo não”, ele
apenas critica o modo como o capitalismo age, que na sua visão, o trabalhador é
explorado e se torna parte da geração de lucro para o empresário.

Então,
Marx foi o que pouco ou nada contribuiu para a evolução das relações
trabalhistas, era algo muito alienado e que foi refutado várias e várias vezes
por correntes de pensamento posteriores. A ideia de Marx era que parte das
horas trabalhadas por dia era “de graça” para o empresário e que só uma parte
das horas diárias eram pagas. Dessa forma, ele dividia como horas pagas e horas
não-pagas, estas horas “não-pagas” refletia como a exploração do empregador
junto ao empregado.  

 

3
KEYNESIANISMO

Keynes, por sua vez, traz
uma discussão bacana de ser abordada. Ao contrário da teoria clássica, que
dizia que o produto dependia do emprego, Keynes afirmava que era o emprego que
dependia do produto. Ou seja, para que houvesse emprego, teria que ter uma
demanda específica de produto a ser produzida e isso afetaria diretamente o
nível salarial.

Além
deste contraponto, Keynes também tratava a moeda como fonte de reserva,
diferentemente dos clássicos, que a tinham apenas como meio de troca. Foi dessa
ideia que surgiu a preferência pela liquidez, ou seja, o pagamento a vista tem
mais “segurança” do que outro tipo de pagamento, o que não é aplicado hoje em
dia, a não ser que passemos a considerar juros e taxas.

Então,
Keynes defendia a ideia de que o mercado de trabalho dependia diretamente do
mercado de bens, que depende da demanda efetiva para a produção. Além disso,
Keynes assegura a ideia de que existe desemprego involuntário, ou seja, quando
a oferta de bens diminui tanto que algumas pessoas ficaram sem empregos por não
terem mais onde trabalhar.

A
solução que Keynes propunha era o aumento da demanda efetiva, que para ser
realizado, necessitaria do aumento do produto, do nível de preços e do emprego.
Coisas que na prática são bem difíceis de acontecer, porém, todas essas
análises eram feitas baseadas no pleno emprego dos fatores.

           

Então,
existem abordagens e discussões diferentes sobre o mercado de trabalho e de
como ele vem se aperfeiçoando com o decorrer do tempo, a que mais se assemelha
à realidade é a teoria da escola clássica, porém, com o incremento de novas
tecnologias, algumas características do modelo tem de ser alteradas para se
adequar a realidade presente nos dias de hoje. No Brasil, é muito difícil
potencializar o mercado de trabalho com o estado tão gigante como nós temos.

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