Moraes se reúne com Cláudio Castro após megaoperação no Rio

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estará no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (3) para se reunir com o governador Cláudio Castro. O encontro deve tratar da megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que terminou com pelo menos 121 mortos na última semana. A audiência acontece no Centro Integrado de Comando e Controle da Polícia Militar e também deve contar com a presença de autoridades da segurança pública do estado. Moraes pediu esclarecimentos sobre o uso da força na ação, o número de vítimas, além de detalhes sobre o uso de câmeras corporais e a preservação das provas. O ministro quer entender se as determinações da Corte foram respeitadas e quais medidas estão sendo adotadas após a operação. A expectativa é que a reunião traga mais clareza sobre os desdobramentos da ação e as medidas que o governo do estado pretende tomar diante da repercussão do caso.
95% dos mortos em operação no RJ tinham vínculo com facção, afirma governo

O governo do Rio de Janeiro divulgou, na noite de domingo (2), o perfil de 115 dos 117 suspeitos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha no dia 28 de outubro. Segundo os dados apresentados, 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho. Apenas dois casos permanecem com perícia inconclusiva. A análise mostra ainda que 59 dos mortos tinham mandados de prisão em aberto e 97 possuíam histórico criminal relevante. Entre os 17 que não tinham antecedentes, 12 apresentavam indícios de envolvimento com o tráfico de drogas por meio de publicações nas redes sociais. Outro ponto destacado é que 62 dos suspeitos mortos eram de outros estados. O levantamento aponta a presença de indivíduos vindos principalmente do Pará, Bahia, Amazonas, Goiás, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Maranhão, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso. De acordo com o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, a divulgação dos dados não encerra o trabalho investigativo e todas as informações serão documentadas e enviadas aos órgãos competentes para garantir transparência e legalidade da operação. O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, afirmou que os confrontos ocorreram em áreas de mata, afastadas das residências, o que teria sido uma estratégia para proteger a população. “Empurramos os criminosos para o alto do morro, fora da área habitada. Foi lá onde se deram os maiores embates”, disse. A operação, que teve como objetivo conter o avanço territorial do Comando Vermelho, resultou em 121 mortos, sendo 117 suspeitos, nove apontados como chefes da facção, e quatro policiais. Ao todo, 113 suspeitos foram presos e 118 armas, além de munições, explosivos, drogas e equipamentos militares, foram apreendidos. No domingo (2), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo do Rio preserve e documente todas as provas relacionadas à ação. A decisão atende a um pedido da Defensoria Pública do Estado, que quer garantir a análise da operação pelo Ministério Público diante do alto número de mortos.
Decisão judicial contorna omissão do Estado e mantém assistência médica em Mossoró

A Justiça do Rio Grande do Norte determinou que o Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia (HRMPMC/APAMIM), em Mossoró, mantenha os serviços de obstetrícia e neonatologia por pelo menos dois meses, apesar da suspensão anunciada pelas equipes médicas após impasse com o Governo do Estado. A decisão contorna a falta de solução antecipada do Estado para garantir a continuidade do atendimento a gestantes e recém-nascidos. A liminar foi assinada pelo juiz Rivaldo Pereira Neto, plantonista da 3ª Vara da Comarca de Pau dos Ferros, e atendeu parcialmente ao pedido do Governo do Estado contra a APAMIM e o Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO). No processo, o magistrado reconhece que não há contrato vigente entre as partes, mas destacou que o serviço não pode ser interrompido por se tratar de uma atividade essencial à vida. O caso teve início após o NGO comunicar oficialmente que deixaria de atuar a partir de 1º de novembro de 2025, alegando ausência de contrato, falta de segurança jurídica e atrasos nos repasses financeiros. Mesmo ciente da paralisação, o Estado não apresentou solução antes do fim do prazo e só recorreu à Justiça às vésperas da interrupção. Com base na Lei nº 14.133/2021, o juiz determinou que os serviços sejam mantidos até 27 de dezembro de 2025, correspondente a dois meses após a notificação de rescisão, feita em 27 de outubro. Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 100 mil. A maternidade é referência para mais de 60 municípios do Oeste potiguar e atende grande parte das gestantes encaminhadas pela rede pública estadual.
Menina de 2 anos com câncer consola a mãe ao raspar o cabelo: “Não chora, mamãe, vai crescer”

A história da pequena Luiza, de apenas 2 anos, comoveu as redes sociais. Diagnosticada com sarcoma de epitélio proximal, um tipo raro de câncer que atinge os tecidos moles do corpo, ela enfrenta sessões de quimioterapia e começa a sentir os primeiros efeitos do tratamento. Em um momento íntimo e delicado, os pais decidiram raspar o cabelo da menina, que já estava caindo por causa da medicação. A mãe, Rafaela Kohl, registrou a cena e compartilhou nas redes sociais. Para tornar tudo menos doloroso, ela contou à filha que uma “fada” precisava daqueles fios para preparar uma “poção mágica de cura”. Mesmo tão pequena, Luiza surpreendeu a família com maturidade e carinho. Enquanto o pai cortava seu cabelo, ela consolou a mãe e disse: “Não chora, mamãe, vai crescer”. A frase tocou milhares de pessoas e o vídeo viralizou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mossoró Notícias (@portalmossoronoticias)
Cearense de 120 anos pode ser reconhecida como a mais velha do mundo

Nascida em 1905, a cearense Maria Alves Rocha já passou por diversos momentos históricos. Agora, aos 120 anos, tem a chance de participar diretamente de mais um deles, caso seja reconhecida oficialmente como a pessoa mais velha do mundo. Moradora de Itapajé, a 130,31 km de Fortaleza, a idade de Maria chamou atenção durante uma campanha social organizada pelo escritório do advogado Cid Lira Braga. Na ocasião, o profissional procurava pelos cidadãos mais velhos de dois municípios do Ceará: Itapajé e Itapipoca. “Eu fiz uma campanha no Dia do Idoso. Sou advogado na área de previdência e queria fazer uma homenagem”, explica Cid. “Os familiares dela me procuraram, porque eles me conhecem. Aí disseram que ela tinha a idade avançada e a princípio eu nem queria acreditar direito”. O recorde atual de longevidade pertence à inglesa Ethel Caterham, que completou 116 anos em agosto de 2025. Para que a brasileira tome o lugar no pódio, o Guinness World Records deve validar as informações contidas na documentação, que já foi enviada para avaliação. De acordo com o advogado, responsável pelo cadastro, a organização de recordes mundiais solicitou três meses para análise do processo. No ranking de homens mais velhos do mundo, o Brasil lidera com outro cearense: João Marinho Neto, de 112 anos, natural de Maranguape e residente em Apuiarés, também no Ceará. “Acreditamos que o segredo para a longa vida de Dona Maria é, sem dúvida, a sua fé em Deus. Tudo o que ela faz é guiado por sua fé: desde as pequenas ações do dia a dia até os momentos mais importantes”, relata o neto da centenária, Mardonio Vasconcelos Sousa. Ele descreve que, apesar da idade, Maria nunca deixou de “fazer suas orações antes de qualquer coisa”. A conexão constante com Deus seria um aspecto que “fortaleceu” e sustentou a vida da mulher. “No momento, ainda estamos sem acreditar. Nunca imaginávamos que Dona Maria poderia ser reconhecida como a pessoa mais velha do mundo”, confessa. “É uma mistura de orgulho, gratidão e admiração por toda a história e força de vida que ela representa”. O POVO
Governo sabia da paralisação dos médicos em Mossoró e só buscou solução no último dia, admite secretário

O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte admitiu que já tinha conhecimento de que o contrato com a empresa responsável pelo serviço de obstetrícia em Mossoró seria encerrado. Mesmo informado com antecedência, ele afirmou que só tomou providências no último dia do prazo dado pela prestadora. Segundo o próprio gestor, acreditava que a empresa continuaria o serviço, mesmo após comunicar oficialmente que não tinha interesse em renovar. A falta de antecipação gerou instabilidade no atendimento à população, principalmente no Hospital da Mulher e na Maternidade Almeida Castro (Apamim), que dependiam dos profissionais contratados por meio do acordo com o Estado. Com o fim do contrato e sem garantia de pagamento, médicos deixaram de comparecer aos plantões, aumentando o risco de desassistência para gestantes de Mossoró e de dezenas de municípios da região. A situação expõe falhas na gestão da saúde pública do governo Fátima Bezerra no Oeste potiguar. Os hospitais afetados são referência para mais de 60 cidades, e a ausência de planejamento colocou em risco o atendimento obstétrico em uma das regiões mais dependentes da rede estadual. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mossoró Notícias (@portalmossoronoticias)
Com falta de médicos do Estado, maternidade de Mossoró vive caos, diz obstetra: “Podemos ter mortes”

A Maternidade Almeida Castro (Apamim) e o Hospital da Mulher, em Mossoró, enfrentam risco de colapso no atendimento obstétrico neste fim de semana. Os médicos contratados pelo Governo do Estado deixaram de comparecer às unidades após o Estado não cumprir o acordo firmado com o Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO). Com isso, apenas dois obstetras mantidos pela Prefeitura seguem atendendo, mas exclusivamente as gestantes do município. A assistência às pacientes de outras cidades está comprometida. Em entrevista ao Blog do Ismael Sousa, o obstetra Dr. Manoel Nobre fez um alerta grave sobre a situação. “O cenário é de caos. Podemos ter mortes de crianças e mães devido à alta demanda e à falta de profissionais”, afirmou. Segundo ele, cerca de 70% das gestantes atendidas na Apamim são de municípios vizinhos, e a unidade chega a realizar até 30 partos por dia. Sem a equipe do Estado, a sobrecarga se tornou insustentável. A crise começou após a Secretaria de Saúde do Estado (Sesap) não romper o contrato com a empresa Justiz, de Natal, que havia assumido os plantões no Hospital da Mulher, mas não mantém corpo clínico fixo em Mossoró. A Sesap havia prometido firmar novo contrato com o NGO até novembro, mas voltou atrás e informou que, se os médicos quisessem continuar, seria sem contrato formal e sem garantia de pagamento. Diante disso, o NGO suspendeu os plantões.
Falta de pagamento do Governo do RN provoca paralisação de obstetras em Mossoró

Os médicos obstetras que atuam na APAMIM e no Hospital da Mulher, em Mossoró, suspenderam os atendimentos neste sábado (1º). A paralisação é um protesto contra a falta de pagamento por parte do Governo do Rio Grande do Norte. De acordo com os profissionais, os serviços só serão retomados após a regularização dos repasses estaduais. A suspensão afeta o atendimento de gestantes de municípios da região Oeste, Vale do Açu e parte do Ceará, que têm Mossoró como referência em assistência materno-infantil. Os atendimentos permanecem garantidos apenas para gestantes de Mossoró. Isso porque a APAMIM conta com médicos contratados pela Prefeitura, que seguem em atividade. A interrupção do serviço preocupa pacientes e unidades de saúde de cidades vizinhas, que dependem do encaminhamento para Mossoró em casos de urgência obstétrica. Até agora, o Governo do Estado não se pronunciou sobre o atraso nos pagamentos nem informou prazo para quitação.
Baraúnas confirma saídas de dois jogadores do elenco

O Baraúnas confirmou nesta quinta-feira (30) as saídas dos meias Natalício e Ewerton Lino (Cabaré). Natalício, que havia estreado na vitória sobre o Alecrim, pediu para deixar o clube logo após a partida. Já Cabaré teve seu desligamento anunciado oficialmente pela diretoria. Em nota, o clube agradeceu aos atletas pelos serviços prestados e desejou sucesso na continuidade das carreiras. Apesar das baixas, o Baraúnas segue firme na competição, já garantido no quadrangular final da Segunda Divisão do Campeonato Potiguar, com chances reais de conquistar o acesso à elite do futebol estadual.
Vereadora de Mossoró se solidariza com vítimas de operação no Rio e questiona ações policiais

A vereadora de Mossoró, Plúvia Oliveira (PT), fez um comentário nas redes sociais sobre a megaoperação policial realizada em comunidades do Rio de Janeiro nesta semana, que deixou 121 mortos, entre eles quatro policiais. Na publicação, ela se solidarizou com as famílias das vítimas e criticou a forma como a segurança pública tem sido conduzida no país. “Nós não vencemos, a favela não venceu. O que fica é a sensação de fracasso do sistema. Nossos corpos e nossas vidas valem mais que essa chacina com objetivo eleitoreiro”, escreveu. Plúvia também contestou a ideia de que “a favela venceu”, expressão frequentemente usada como símbolo de resistência. Para ela, a realidade ainda mostra desigualdade, violência e falta de oportunidades. Segundo a vereadora, só haverá vitória “quando todas e todos puderem viver de forma plena”. O comentário repercutiu nas redes sociais. Parte dos internautas concordou com a crítica, enquanto outros defenderam a operação policial como forma de combate ao crime organizado.