Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram na tarde deste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo, em mais um ato convocado por ele. A principal pauta da manifestação foi a defesa do projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados e que propõe anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Vestidos de verde e amarelo, manifestantes exibiram batons como símbolo de apoio à cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por participar da invasão e por ter pichado com batom a estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o discurso, Bolsonaro defendeu Débora e afirmou que, caso estivesse no Brasil naquele dia, também teria sido preso.
“Algo me avisou. Se eu estivesse no Brasil, teria sido preso e estaria apodrecendo até hoje ou até assassinado”, declarou o ex-presidente, que viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, dois dias antes dos ataques.
Bolsonaro também citou a ausência do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do mandato e está morando nos EUA alegando perseguição política. “Tenho esperança que de fora venha alguma coisa para cá”, disse o ex-presidente, ao destacar que Eduardo mantém diálogo com “pessoas importantes do mundo todo”.
Além de Bolsonaro, participaram do ato diversos aliados políticos, como os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Junior (PR), Wilson Lima (AM), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT) e Jorginho Mello (SC). O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também marcaram presença.
Atualmente, Jair Bolsonaro está inelegível até 2030, após decisão da Justiça Eleitoral que considerou irregular a reunião com embaixadores em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, quando o então presidente atacou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. Ele também virou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) ser aceita por unanimidade pelos ministros da Primeira Turma da Corte.