Em sua primeira aparição pública após ser denunciado por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (20) que está com a “consciência tranquila” e classificou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) como uma “mera narrativa contra a extrema direita”.
“Nada mais têm contra nós do que narrativas. Tudo foi por água abaixo. A mais recente foi essa de golpe”, declarou Bolsonaro. “Vão prender o Bolsonaro? Caguei para a prisão”, completou, sob aplausos e gritos de “mito” dos apoiadores presentes.
As declarações ocorreram durante o Encontro Nacional de Comunicação do PL, que contou com a participação de representantes de big techs como X e Google. Em um discurso de aproximadamente 30 minutos, Bolsonaro evitou discutir estratégias digitais da direita e se concentrou em descredibilizar as investigações da Polícia Federal (PF).
“Quem precisa de 800 páginas para provar, é que não tem o que mostrar”, disse, em referência ao relatório da PF que embasou a denúncia da PGR.
O ex-presidente também defendeu a anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro e convocou seus apoiadores para manifestações marcadas para 16 de março. Ele ainda pediu que os participantes evitem levar cartazes durante os protestos.
