O papa Leão XIV canonizou, neste domingo (7), o jovem italiano Carlo Acutis, reconhecido como o primeiro santo da geração millennial. A cerimônia, realizada na Praça de São Pedro, no Vaticano, reuniu mais de 80 mil fiéis, segundo estimativas oficiais. Esta foi a primeira canonização conduzida pelo pontífice, eleito para liderar a Igreja Católica em maio deste ano.
Durante a missa, o papa destacou a importância de Carlo como exemplo de fé, especialmente para os jovens. “Todos vocês, todos nós juntos, somos chamados a ser santos. Este é um convite para todos nós, especialmente para os jovens, a não desperdiçar nossas vidas, mas a transformá-las em obras-primas”, declarou Leão XIV.
Carlo Acutis, nascido em Londres e criado em Milão, morreu em 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia. Conhecido por sua devoção à Virgem Maria e por sua habilidade com tecnologia, ele utilizou seus conhecimentos de programação para criar sites e evangelizar pela internet, o que lhe rendeu o título de “padroeiro da internet” entre os fiéis.
Na mesma cerimônia, o papa também canonizou Pier Giorgio Frassati, jovem italiano que morreu na década de 1920 e ficou conhecido pelo trabalho social junto aos mais necessitados. Ao falar sobre os dois novos santos, Leão XIV afirmou que ambos são “exemplos de santidade e de auxílio aos necessitados”.
A trajetória de Carlo Acutis ganhou ainda mais força após a beatificação, em 2020, quando o Vaticano reconheceu seu primeiro milagre: a cura de uma criança brasileira, em Campo Grande (MS), que sofria de um grave problema de saúde. A recuperação ocorreu após o menino tocar em uma relíquia do jovem italiano, durante uma missa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, no dia 12 de outubro de 2010.
A cerimônia contou com a presença de 36 cardeais, 270 bispos e centenas de padres, evidenciando o impacto que Carlo Acutis tem exercido sobre a Igreja e os fiéis. Para o papa Leão XIV, a canonização simboliza um chamado à juventude para viver a fé com intensidade. “Carlo gostava de dizer que o céu sempre nos esperou, e que amar o amanhã é dar o melhor de nós hoje”, concluiu o pontífice.
